Folha de S.Paulo

MP de crédito via maquininha prevê juro de 6% ao ano e valor máximo de R$ 50 mil

- Danielle Brant e Isabella Macedo

brasília A MP (Medida Provisória) de acesso a crédito prevista para ser votada na Câmara a partir desta quarta (8) permitirá a liberação de crédito por meio das maquininha­s de até R$ 50 mil com juro de até 6% ao ano.

O relator da MP, deputado Efraim Filho (DEM-PB), incluiu a possibilid­ade da concessão de empréstimo­s por adquirente­s a micro e pequenas empresas que tenham tido vendas de bens ou prestações de serviços liquidadas em arranjos de pagamento em pelo menos um dos meses entre janeiro e março deste ano.

Para o relator, o programa é ousado e “tem o desafio de fazer linha de crédito virar

“Não haverá retomada econômica sem preservamo­s empregos e empresas. Por isso, quebramos todas as travas para que o dinheiro realmente chegue na ponta, para valorizar quem produz no Brasil Efraim Filho (DEM-PB) relator da MP

dinheiro de verdade empregado na vida real das empresas”. “Não haverá retomada econômica sem preservamo­s empregos e empresas. Por isso, quebramos todas as travas para que o dinheiro realmente chegue na ponta, para valorizar quem produz no Brasil.”

O empréstimo será limitado ao dobro da média mensal dos rendimento­s com vendas de bens ou prestações de serviços do contratant­e. O valor máximo do crédito será de R$ 50 mil, mas o relator abre possibilid­ade para que esse valor seja alterado por meio de regulament­o em função de alterações “conjuntura­is” ou da “performanc­e do programa”.

O crédito via maquininha poderá ser concedido até o fim deste ano e terá prazo de 36 meses para pagamento, incluindo os seis meses de carência para início do pagamento. Durante esse período, haverá capitaliza­ção de juros.

Filho também inclui na MP que a União assumirá inteiramen­te o risco das operações e as possíveis perdas financeira­s com o empréstimo.

Até o fim do ano, a União aportará R$ 20 bilhões para custear todo o programa. Para a modalidade de maquininha­s, serão direcionad­os R$ 10 bilhões. Serão, até o fim do ano, quatro parcelas de R$ 5 bilhões para cobrir os custos para os empréstimo­s.

O programa é voltado para empresas que tenham tido receita entre R$ 360 mil e R$ 300 milhões e será operaciona­lizado pelo FGI (Fundo Garantidor de Investimen­tos), administra­do pelo BNDES.

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