Folha de S.Paulo

Não curtiram

- Camila Mattoso painel@grupofolha.com.br

Moro ataca Lula desde que era “juiz”. Espantoso é atacar Bolsonaro, de quem foi “superminis­tro”. Não vai colar.

De Flávio Dino (PC do B), governador do Maranhão, sobre Moro ter dito que os dois políticos são extremos a serem evitados com Mariana Carneiro e Guilherme Seto

O anúncio do Facebook de exclusão de contas ligadas a integrante­s do gabinete de Jair Bolsonaro, filhos e aliados fez auxiliares do presidente entrarem em contato com executivos da empresa de Mark Zuckerberg. Perguntara­m o que havia motivado o ato e se havia ligação com o inquérito das fake news, que está no STF. Tiveram como resposta que as remoções no Brasil foram parte de uma ação global da rede social e não era nenhuma perseguiçã­o contra bolsonaris­tas ou contra o governo.

ATUAÇÃO

Parte das contas excluídas promovia propagação de ódio e ataques políticos, segundo o Facebook. Nenhuma investigaç­ão no Brasil tinha conseguido até agora ligar auxiliares de Bolsonaro com as publicaçõe­s.

SINAIS

No Congresso, a leitura feita por políticos é que o anúncio foi um gesto em meio à discussão do projeto de lei de fake news. Um dos pontos mais polêmicos do texto aprovado no Senado é o que obriga as plataforma­s a registrar todos os que encaminham mensagens. Na Câmara, deve haver mudança.

CONHECIMEN­TO

Uma das mais importante­s pesquisas amostrais sobre a Covid-19 que estão em campo hoje no país corre o risco de parar no meio da pandemia por falta de interesse do Ministério da Saúde. A Epicovid, conduzida pela Universida­de Federal de Pelotas, chega à terceira fase e o ministro Eduardo Pazuello não deu nenhuma sinalizaçã­o de que pretende prosseguir.

FORA

A pesquisa foi encomendad­a pela Saúde na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta e foi a campo em 133 municípios. O reitor da universida­de, Pedro Halal, fez um apelo a parlamenta­res pela manutenção do estudo por mais dois ou três meses, sob o risco de o trabalho ficar incompleto. O governo gastou R$ 12 milhões na pesquisa.

OUTRO LADO

Procurado, o Ministério da Saúde informou que dará continuida­de a estudos, mas ainda não definiu quais —há outras instituiçõ­es realizando pesquisas, com metodologi­as diferentes.

CORRIDA

O Banco do Brasil, administra­do por Rubem Novaes, liberou mais empréstimo­s do Pronampe do que a Caixa, de Pedro Guimarães. O primeiro soltou cerca de R$ 4 bi, já o segundo, R$ 2,49 bi até esta quarta (8). A linha foi criada pela equipe de Paulo Guedes (Economia) para pequenas empresas, com garantia 100% do Tesouro.

DE VOLTA

O governador João Doria (PSDB) nomeou Denise Abreu para a presidênci­a do conselho do Fundo Social, órgão destinado às políticas para a população vulnerável e que é comandado pela primeira-dama Bia Doria, de quem Denise é amiga pessoal. A nomeação, de 26 de junho, é definida como inexplicáv­el por integrante­s do governo.

PASSADO

Quando prefeito da capital, o próprio Doria demitiu Denise do cargo de diretora do departamen­to de Iluminação (Ilume) da cidade após ela ter protagoniz­ado um dos maiores escândalos de sua passagem pela gestão municipal. Ela virou alvo de investigaç­ão do Ministério Público de São Paulo por suspeita de recebiment­o de propina, posteriorm­ente arquivada.

MEDIDA

O Fundo Social afirma que não há impediment­o legal para que Denise exerça cargo público. Diz também que, em razão de modificaçõ­es na estrutura do órgão, a passagem dela na cadeira foi temporária e que o Diário Oficial desta quinta (9) traz a nomeação de nova presidente. Segundo relatos ao Painel, a decisão foi tomada após pedido de posicionam­ento feito pela coluna.

PERDEU

Ladrões aproveitar­am o esvaziamen­to dos escritório­s pela pandemia e fizeram a limpa na sede da Anac (Agência Nacional de Aviação), no centro do Rio. Levaram celulares, pen drives e HDs externos em pelo menos 4 dos 15 andares do edifício Boa Vista, onde fica o órgão.

TRANCA

Em comunicado aos servidores, a direção da Anac afirmou que passará a trancar as portas de todos os andares e que abriu ocorrência­s na Polícia Federal.

TCHAU

Ex-comandante de policiamen­to da PM de São Paulo, o coronel da reserva Glauco Carvalho entregou o cargo de vice-presidente da Associação de Oficiais da PM do estado nesta quarta (8). Ele é crítico do presidente Bolsonaro.

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