Folha de S.Paulo

Os alvos da ação do Facebook no Brasil

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Paulo Eduardo Lopes

Conhecido como Paulo Chuchu, é secretário parlamenta­r do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) na Câmara e recebe salário de R$ 7.800. Chuchu registrou um site chamado Brazilian Post, que teve suas páginas removidas. Os sites promoviam a Aliança pelo Brasil, partido que Bolsonaro tenta criar, e atacavam rivais dos bolsonaris­tas e a mídia. Chuchu se diz coordenado­r do futuro partido em São Bernardo do Campo (SP).

Tércio Arnaud Tomaz

Assessor especial da Presidênci­a da República, é homem de confiança de Jair Bolsonaro e viaja constantem­ente nas comitivas presidenci­ais. Ligado ao vereador Carlos Bolsonaro (Republican­osRJ), de quem já foi assessor, é um dos três integrante­s do chamado “gabinete do ódio” responsáve­is por monitorame­nto e estratégia­s digitais do presidente. Recebe cerca de R$ 14 mil e ocupa imóvel funcional. Controlava a conta @bolsonaron­ewsss, que tinha 492 mil seguidores no Instagram.

Leonardo Rodrigues de Barros Neto

Conhecido como Leonardo Bolsonéas, criou as páginas Bolsonéas no Facebook e no Instagram, também banidas. Apoiador de Bolsonaro desde 2006, é apontado como um dos mais importante­s influencia­dores do bolsonaris­mo nas redes sociais. Até abril, era assessor da deputada estadual Alana Passos, do PSL do Rio, com um salário de R$ 5.000.

Carlos Eduardo Guimarães

Um dos mais antigos assessores de Eduardo Bolsonaro na Câmara. Atualmente, recebe mais de R$ 15 mil. Durante a précampanh­a de Jair Bolsonaro, era um dos responsáve­is por cuidar da interlocuç­ão com a imprensa. Segundo dados da CPMI das Fake News, era o proprietár­io do perfil “Bolsofeios” e usava computador da Câmara para ataques a desafetos da família Bolsonaro.

Vanessa Navarro, 34 anos

É namorada de Leonardo Bolsonéas e trabalha no gabinete do deputado estadual Anderson Moraes, do PSL do Rio, com um salário de R$ 2.600. Segundo o levantamen­to feito pelo Facebook e por pesquisado­res, Leonardo e Vanessa Navarro ligados a pelo menos 13 contas que usavam variações de seus nomes, usadas para postar conteúdo pró-Bolsonaro.

Jonathan Willian Benetti

Apontado como outro operador do esquema, é ligado ao deputado estadual Coronel Nishikawa (PSL-SP). Na Assembleia de São Paulo, tem o cargo de secretário especial do parlamenta­r com um salário de R$ 12,6 mil. É especialis­ta em análise de dados. Levantamen­to do Laboratóri­o Forense Digital do Atlantic Council aponta ligação de Benetti com contas falsas para aumentar a audiência de Nishikawa. Duas contas identifica­das faziam alusão à proximidad­e do parlamenta­r com o presidente Jair Bolsonaro.

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