Folha de S.Paulo

Média móvel mostra cresciment­o da Covid-19 no Centro-Oeste e no Sul

- Leonardo Diegues e Fábio Takahashi

são paulo Com cresciment­o no número de novas mortes e de novos casos de Covid-19, estados do Centro-Oeste e do Sul estão descolados neste momento da tendência geral do país, de estabiliza­ção dessas duas curvas.

As conclusões aparecem quando se analisa a média móvel de casos e de óbitos causados pela doença, métrica que a Folha passa a informar diariament­e a partir desta sexta (10), além dos números absolutos sobre a doença.

A média móvel é um recurso estatístic­o que busca dar visão mais acurada da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam ao padrão. A reportagem contará os últimos sete dias para esse levantamen­to.

A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete. No dia seguinte, é acrescenta­da a informação do período mais recente e excluído o dia mais antigo.

Na última segunda (6), por exemplo, houve 656 mortes por Covid-19 no país. O número às segundas tende a ser baixo, porque laboratóri­os têm atividade menor aos fins de semana. A média móvel para aquele dia foi de 1.024.

Já na terça, o número absoluto de mortes foi 1.312, pois abarcou também óbitos do fim de semana que ainda não haviam sido computados. A média móvel foi de 1.030.

As informaçõe­s sobre mortes e casos são apuradas pelo consórcio formado por Folha, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo, G1 e UOL para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavíru­s.

As informaçõe­s são coletadas diretament­e com as Secretaria­s de Saúde estaduais.

Analisando o resultado da média móvel nos estados, é possível verificar que há cresciment­o de casos e de mortes no Sul e no Centro-Oeste.

Nos Sul, a média móvel de novas mortes nesta semana foi 32% maior do que na anterior. No Centro-Oeste, 34% (houve cresciment­o também em relação a novos casos ).

O estado com maior cresciment­o em mortes é Roraima (79%). Os que aparecem na sequência são do CentroOest­e (Mato Grosso do Sul , com 77%, e Goiás, com 41%) e Sul (Paraná, com 37%).

O Ministério da Saúde demonstrou preocupaçã­o nesta semana com as duas regiões

O cresciment­o contrasta como uma estabiliza­ção no Nordeste e no Sudeste, que, em números absolutos, têm mais casos e óbitos.

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