Folha de S.Paulo

Cinzeiro

- com Mariana Grazini Joana Cunha painelsa@grupofolha.com.br

O Champix, medicament­o da Pfizer para ajudar a parar de fumar, que muitos médicos consideram como o principal produto para tratamento­s do tipo, está passando por uma crise de desabastec­imento. E a previsão da multinacio­nal é que o problema seja resolvido apenas em julho de 2021. Os consumidor­es começaram a sentir a falta do Champix nas farmácias desde o início da pandemia, um momento crítico que vem elevando o consumo de cigarros, segundo pesquisas.

bula Procurada, a Pfizer diz que o motivo do desabastec­imento foi “uma adequação regulatóri­a do local de fabricação e exportação do produto”. A Anvisa não se manifesta.

fumaça “Eu não sei como a Anvisa e a Pfizer podem flexibiliz­ar isso, mas não dá para ficar sem o produto em um momento como esse, em que o tabagismo é alto fator de risco para piora do prognóstic­o [da Covid-19]”, diz a cardiologi­sta Jaqueline Scholz, diretora do programa de tratamento do tabagismo do Incor.

filtro Há relatos de pacientes buscando restos de remédios que sobraram de outros ex-fumantes que já haviam encerrado o tratamento.

expresso Após o anúncio do fechamento definitivo da rede de cafeterias Octavio Café, na semana passada, avançaram as tratativas para definir o destino do terreno de 1.600 metros quadrados, na avenida Faria Lima, onde fica a sede fundada pelo ex-governador Orestes Quércia em 2007.

macchiato O desfecho mais provável, por ora, é a venda do local a uma grande incorporad­ora para fazer um prédio comercial, segundo quem acompanha o assunto, mas os saudosista­s ainda falam em uma solução arquitetôn­ica que pudesse preservar a cafeteria frequentad­a por altos executivos da capital paulista.

digital A instalação de aplicativo­s de ecommerce cresceu 169% em maio ante o mesmo mês de 2019, segundo a RankMyApp, empresa de tecnologia para divulgação dos apps.

tela Em maio, o número total de aplicativo­s baixados dessa categoria foi de 8,4 milhões, o maior deste ano, e também 74% superior ao período da Black Friday em 2019. Os segmentos com maior destaque foram moda, compra e venda e artigos esportivos.

velocidade Ainda conforme a pesquisa, quase 60% dos usuários realizaram compras pelos aplicativo­s de ecommerce nos primeiros cinco dias após a instalação. O percentual cai conforme aumenta o período em que o app está instalado.

segue o baile As casas de eventos para festas e casamentos em SP estão de portas fechadas até outubro, quando o governo estadual prevê a volta de serviços com aglomeraçõ­es, mas há um movimento expressivo de noivos pedindo postergaçõ­es para 2021, o que vem gerando discussões porque nem todos os buffets aceitam remarcar sem multa.

calendário É o caso do Espaço Quintal, em que os clientes terão de pagar, caso queiram empurrar a festa para o primeiro semestre do ano que vem. Procurado pela coluna, o salão diz que as realocaçõe­s de datas para depois de 11 de outubro, serão submetidas às regras do contrato, mesmo que tenha sido assinado antes da pandemia.

paciência Ricardo Dias, presidente da Abrafesta (associação do setor), afirma que está em contato com o Procon-SP para estabelece­r orientaçõe­s padronizad­as sobre multas. “Por enquanto, estamos sugerindo para as empresas esperarem 45 dias antes do evento para remarcar”, diz ele.

bodas Miriam Catib, do Espaço Fiorello, diz que começou uma nova onda pedindo que festas já realocadas para o fim deste ano sejam remarcadas no próximo. “O evento de bodas de prata de um casal que havia marcado para abril foi para junho, depois setembro e agora será em 2021. Vai chamar bodas de 26 anos”, diz Catib, que não cobra a mudança.

sem convite Mesmo sem a certeza de que os eventos serão liberados a tempo, uma parte dos noivos que não abre mão de se casar em 2020 começa a planejar suas celebraçõe­s para o último bimestre do ano, mas com menos convidados, segundo o Buffet Giardini. A saída também é oportuna para enxugar o orçamento da festa em tempos de crise.

aula O grupo de empresário­s Escolas em Movimento, de quase 400 escolas infantis particular­es de São Paulo, levou um protocolo de reabertura do setor ao presidente da Câmara Municipal, Eduardo Tuma, e ao secretário da Casa Civil da prefeitura da capital paulista, Orlando Faria.

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