TRAZ A CONTA
Donos de restaurantes estudam tomar providências contra bancos por não terem conseguido empréstimos ou financiamentos na crise da Covid-19.
“Alguns desses empresários acham até que têm direito a danos morais”, diz o presidente do braço paulista da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Percival Maricato.
“Há relatos de pessoas falando que foram dez vezes ao banco, fizeram ficha e não sei o quê, e nunca receberam aval nem crédito. O número de reclamações é imenso”, conta ele.
Uma das alternativas cogitadas é enviar uma carta à Febraban (Federação Brasileira dos Bancos). “Queremos protestar contra a forma como fomos tratados, com esses acenos de que ia sair empréstimos e não saiu coisa nenhuma”, segue Maricato.
Ele avalia que 10% dos bares e restaurantes que reabriram na primeira semana de retomada do setor na capital paulista devem voltar a fechar nesta semana pelas dificuldades enfrentadas e regras restritivas.
“Se você reabrir e tiver um fechamento lá na frente [determinado pelo governo por uma eventual piora nos índices da Covid-19], aí quem tá fragilizado não resiste. Comprou estoque e tudo. O que pode acontecer é uma porção ficar fechado avaliando o que vai acontecer”, diz ele.
O ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta está finalizando o livro que escreve sobre o período em que esteve no governo. “Tem umas histórias boas”, diz. O plano é lançá-lo em agosto.
O ministro está apreensivo com a evolução da Covid-19 no Brasil e diz achar às vezes que “os brasileiros jogaram a toalha”. Há poucos dias, ele passou em frente a um bar “com as pessoas dançando na calçada, música ao vivo, sem máscaras”.
“O brasileiro médio já se acostumou com quatro ou cinco aviões caindo todos os dias”, diz ele, referindose ao número de vítimas da Covid-19, que equivale em algumas datas a cinco aeronaves de voos domésticos lotadas.
O Sated-SP (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões de SP ) está tentando agendar uma reunião com representantes do governo para apresentar propostas para área da cultura.
Entre elas estão a retomada do Prêmio Myriam Muniz de teatro, organizado pela Funarte, e o pedido de intermediação junto ao BNDES para concessão de financiamento para teatros e demais espaços culturais paralisados pela Covid-19.
O produtor e jornalista carioca George Patiño Jr. produz um documentário sobre seu pai, George, dentista e cantor de boleros. As entrevistas começarão assim que a pandemia de Covid-19 permitir, e ouvirá músicos que tocaram com ele. Patiño Jr abriu uma campanha de financiamento coletivo.
O Tribunal de Justiça de SP determinou que o deputado estadual Douglas Garcia (PSL-SP) forneça dados de protocolos que comprovem que um “dossiê de antifascistas” feito por ele foi entregue às autoridades.
A decisão atende a pedido feito pelas deputadas Monica Seixas, porta-voz da Bancada Ativista, e Sâmia Bomfim (PSOL-SP). Em junho, Garcia anunciou ter compilado informações como nomes, locais de trabalho e fotos de cerca de mil pessoas autodenominadas “antifas” (antifascistas).
Quase três semanas após ter sido nomeado, Mário Frias alterou a descrição de seu perfil do Twitter. “AQUI É JAIR BOLSONARO” foi trocada por “Secretário Especial de Cultura do Governo Federal”.
E Regina Duarte, sua antecessora, retirou da sua descrição do Instagram uma menção à sua passagem na pasta: “Em março de 2020 convidada a tomar posse da Secretaria Especial da Cultura do Governo Bolsonaro”. Ela manteve as frases “mãe de 3 filhos, avó de 6 netos. Atriz brasileira”.
A atriz Andréia Horta interpretará a ex-primeira dama Maria Thereza Goulart no filme “Vestida de Silêncio”, da cineasta Susanna Lira. O longa, da FM Produções e da Modo Operante, revisita a trajetória de João Goulart por meio do olhar de Maria Thereza.