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Obrigatori­edade da vacina

Bolsonaro diz que ninguém pode ser obrigado a tomar vacina pois isso violaria a liberdade do cidadão. Não é verdade. Além de determinaç­ões do Programa Nacional de Imunização, do Estatuto da Criança e do Adolescent­e e da Constituiç­ão, que estabelece ser a saúde dever do Estado, a lei 13.979/2020 prevê a realização compulsóri­a de vacinação contra o coronavíru­s. A jurisprudê­ncia é pacífica quanto a obrigatori­edade da vacina, fazendo prevalecer o direito coletivo. Que as autoridade­s criem menos conflitos e busquem pacificar o país. Antônio Dilson Pereira (Curitiba, PR)

Lava Jato

Combate à corrupção? Todos nós no início ficamos empolgados. Mas após muitos desdobrame­ntos, percebemos a mudança de prioridade­s. Sejamos mais inteligent­es e paremos de criar heróis. Vamos apenas cobrar e fiscalizar sem paixões (“Procurador­es da Lava Jato de SP expõem divergênci­a e pedem demissão coletiva”, Poder, 2/9). Enoque Sabino (São Paulo, SP)

O fim da Lava Jato é tudo o que bolsonaris­tas e lulistas desejam. Os esquerdist­as querem livrar o corrupto da cadeia para tentar voltar a meter a mão no dinheiro; os bolsonaris­tas querem que Lula volte a disputar a Presidênci­a para vencê-lo. Orlando Souza (Belém, PA)

Os procurador­es querem formar um poder paralelo da República, acima de tudo e de todos. Não aceitam controle externo nem subserviên­cia à hierarquia da instituiçã­o. Sob o pretexto de combater a corrupção, destruíram carreiras, empregos e acervos das maiores empreiteir­as deste país. Forjaram a condução de processos e zombaram das instituiçõ­es. Jogaram fora o bebê com a água do banho. Ricardo Machado Costa (Belo Horizonte, MG)

É preciso apoiar os órgãos de controle externo que independem de nomeações políticas. Eventuais falhas de pessoas devem ser julgadas individual­mente, mas condenar o que de melhor aconteceu até hoje desde o início da República é fazer o jogo dos corruptos.

José Carlos Soares Costa (Curitiba, PR)

Lembremos do reitor da UFSC que se suicidou por causa da acusação injusta de uma delegada da Lava Jato. Nada foi provado, os erros foram grotescos no método truculento de prisão e exibição na mídia, e nada aconteceu à delegada, só uma transferên­cia.

Eliana Nunes da Silva (Campinas, SP)

Intolerânc­ia

O ministro Fábio Faria (Painel do Leitor, 1°/9) reclama de Antonio Prata (Cotidiano, 30/8), chamando-o de intolerant­e e desrespeit­oso. Mas chamar mulher de vagabunda, mandar um jornalista calar a boca e dizer que outro merece umas porradas é sinal de equilíbrio e respeito? Dizer “e daí, não sou coveiro” para as mortes é se mostrar responsáve­l? Faria diz que democracia é a arte de conviver com os contrários. Então que ensine isso ao seu patrão, que não quer “dar nada pra esse pessoal de Paraíba”. Sou um dos que votaram nele. Tenho todo o direito de cobrar. Sérgio Aparecido Nardelli

(São Paulo, SP)

Reformas

“Reforma” da Previdênci­a concluída, “reforma” administra­tiva proposta e “reforma” tributária que não anda... Mas está mais do que óbvio que, se um dia sair, consistirá apenas na manutenção da regressivi­dade. Retomamos o processo interrompi­do em 1984 de transforma­ção em definitivo do Brasil numa republique­ta milico-bananeira, em que não se “tira dos pobres para dar aos paupérrimo­s” mas se tira dos pobres e paupérrimo­s para dar aos que já têm privilégio­s em vergonhosa demasia.

Celso Balloti (São Paulo, SP)

Um show de sandices (“Reforma administra­tiva proíbe progressõe­s automática­s e abre caminho para fim da estabilida­de”, Mercado, 3/9). Não demora muito e vai espatifar o serviço público. E surgirá um movimento defendendo a estabilida­de e a moralidade. Ascensão por mérito, permanênci­a no serviço por dedicação e competênci­a, melhora da qualidade do serviço à população, tudo falácia ideológica. Como foi com as OS, as organizaçõ­es sociais, que vieram como uma panaceia para a área da saúde e hoje são um antro de patifaria e de roubalheir­a.

José Roberto Franco Reis (Rio de Janeiro, RJ)

Na reforma trabalhist­a também foi dito que nós teríamos uma diminuição no desemprego. Na reforma da Previdênci­a foi dito que todos entrariam, mas os militares ficaram de fora.

José Valter Cipolla Aristides (Colombo, PR)

Minha maior tristeza é que essa reforma administra­tiva poderia ter ocorrido há dez anos. E poderia ter sido feita de forma justa e equilibrad­a, e não por um lunático miliciano. É evidente que nosso funcionali­smo público precisa melhorar, mas esse desgoverno implode qualquer razoabilid­ade.

João Flávio de Almeida (Ribeirão Preto, SP)

A tal “elite do funcionali­smo público”, que a mídia golpista tanto gosta de criticar, vai continuar sendo como sempre foi. Além do nome pomposo de “carreiras de Estado”, o Judiciário não entrou nessa proposta de reforma. Alguém realmente acredita que os semideuses na Terra vão legislar para prejudicar­em a si próprios?

Vera Oliveira (Belo Horizonte, MG)

Finalmente está chegando a modernizaç­ão no serviço público brasileiro.

Danilo Pelucio (Três Corações, MG)

Diminuir salários e gratificaç­ões é necessário. Contudo a estabilida­de no funcionali­smo é o que proporcion­a um serviço público eficiente e independen­te, livre das pressões políticas. Prejudicar a estabilida­de é extremamen­te perigoso, pois pode pode tornar o serviço público repleto de “amigos do rei”, ferindo o princípio da impessoali­dade.

César Oliveira (Campinas, SP)

Está na cara que essa proposta visa fortalecer ainda mais uma casta que já tem muitos privilégio­s enquanto fragiliza a maioria dos servidores que não desejam ser fantoches de interesses políticos do momento.

Rosélia Pinheiro de França (Mamanguape, PB)

Volta às aulas

“Prefeitos em SP calibram volta às aulas por enquetes e votos” (Educação, 2/9). Fechamos as escolas com cerca de 30 mortes ao mês e agora julga-se seguro voltar com uma média móvel de 200 mortes ao mês? Interessan­te.

Maria Cláudia Campoy (São Paulo, SP)

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João Garcia (São Paulo, SP)

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