Folha de S.Paulo

Paulo Preto e filhas são acusados de lavar dinheiro com hotel

- Felipe Bächtold e José Marques

são paulo O Ministério Público Federal em São Paulo apresentou denúncia nesta quinta-feira contra o ex-diretor da estatal paulista Dersa Paulo Vieira de Souza, a ex-mulher dele e duas filhas sob acusação de lavagem de dinheiro.

A acusação dos procurador­es afirma que ele usou um hotel da família e uma firma de administra­ção de patrimônio para ocultar recursos desviados da estatal.

A denúncia foi protocolad­a pelos procurador­es da força-tarefa da Lava Jato em São Paulo, os mesmos que pediram para sair do grupo na quarta. Eles solicitara­m prazo para um período de transição dos trabalhos.

Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, é suspeito de ser operador do PSDB durante gestões do partido no governo estadual.

Ele foi preso pela Lava Jato paranaense no início de 2019, mas, em março passado, conseguiu ir para prisão domiciliar por causa da pandemia.

A denúncia desta quinta-feira afirma que as contas bancárias do hotel Giprita, em Ubatuba (litoral norte de São Paulo), eram usadas para dissimular as origens de dinheiro ilegal. O Ministério Público afirma que a ex-mulher Ruth Souza e o gerente da hospedaria criavam hospedagen­s fictícias para justificar a entrada de recursos nas contas.

A denúncia afirma também diz que que foram firmados contratos falsos de prestação de serviços para justificar repasses feitos por empresas dos operadores Adir Assad e Rodrigo Tacla Duran, ambos alvos da operação Lava Jato no Paraná.

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