Entenda o afastamento de Wilson Witzel
Do que a PGR acusa Witzel?
Os investigadores afirmam que, a partir da eleição de Witzel, estruturou-se uma organização criminosa dividida em três grupos, representados por quatro empresas, que disputavam o poder no governo mediante o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos. Liderados por empresários, a PGR afirma que esses grupos lotearam algumas das principais pastas estaduais para implementar esquemas que beneficiassem suas empresas. Segundo a investigação, a organização obtinha recursos financeiros por meio do direcionamento de licitações de organizações sociais. Essas empresas e seus fornecedores, segundo a PGR, abasteciam uma “caixinha de propina” para os envolvidos no esquema.
Quais os crimes investigados?
Segundo a decisão do ministro do STJ Benedito Gonçalves que afastou Witzel do cargo por 180 dias, há indícios suficientes de autoria do governador e dos investigados que foram alvo de mandados de prisão preventiva quanto aos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Nesta quarta (2), 14 magistrados da corte especial do STJ votaram para referendar a decisão de Gonçalves.
Por que o STJ afastou Witzel do cargo e determinou o cumprimento de mandados de prisão contra pessoas próximas ao governador?
Gonçalves ordenou o afastamento de Witzel para cessar supostas atividades de corrupção e lavagem de dinheiro, envolvendo supostas contratações fraudulentas pelo governo em meio à pandemia. A denúncia da PGR aponta que o governador usou o cargo para estruturar organização criminosa que movimentou R$ 554.236,50 em propinas pagas por empresários.