Folha de S.Paulo

Dívida dos EUA deve passar PIB pela primeira vez desde pós-guerra

- Nelson de Sá nelson.sa@grupofolha.com.br

Na manchete do Wall Street Journal, inclusive impresso, “Dívida dos EUA deve superar tamanho da economia pela primeira vez desde a Segunda Guerra”. Logo abaixo, “Gasto com coronavíru­s, queda do PIB e declínio da receita tributária empurram governo para o marco”.

O resultado deixa o país “na companhia de um punhado de nações com dívidas que excedem suas economias, incluindo Itália e Grécia”. Entre os motivos, “o corte de impostos pelos republican­os”.

New York Times e Washington Post noticiaram em seguida.

Em editorial que abre alertando que “estaremos pagando pelo resto de nossas vidas”, o WSJ diz que em 2007, antes do “crash”, a dívida estava em 35% do PIB. E que a previsão é seguir crescendo e atingir 107% em 2023, mais que no final da Segunda Guerra.

O quadro leva veículos como The Hill a soltar análises com títulos na linha “As lições da dívida brasileira para os EUA”.

CORRIDA

A Economist analisa em editorial o “rush”, a corrida de gigantes como JPMorgan e BlackRock à China. Diz que “pode ser um passo no caminho da China para virar superpotên­cia financeira”, com maior acesso, e “reflete a aposta de longo prazo de que o centro de gravidade das finanças vai se mudar” para lá. Antes de mais nada, é “uma nova fonte de ganhos para bancos e fundos”.

POR ORA

O South China Morning Post destacou em editorial que Pequim “deve aceitar que o dólar siga dominante, por ora”, mas “precisa internacio­nalizar o yuan e prosseguir com as reformas financeira­s para a moeda ganhar mais aceitação no comércio”. Segundo think tank chinês ouvido em reportagem, é uma forma de se garantir contra “sanções financeira­s dos EUA”.

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No WSJ, a disparada da dívida americana, a partir de 2008
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