Folha de S.Paulo

Presidente defende benefícios de militares

- Daniel Carvalho

Poucas horas depois de o governo entregar ao Congresso sua proposta de reforma administra­tiva, o presidente Jair Bolsonaro defendeu em sua live desta quintafeir­a (3) a manutenção de benefícios para militares.

A reforma proposta não atinge categorias específica­s, como juízes, membros do Ministério Público, parlamenta­res e integrante­s das Forças Armadas.

A medida ainda cria uma nova camada de proteção para as chamadas carreiras típicas de Estado, o que inclui, por exemplo, auditores fiscais, diplomatas e policiais. Com a nova regra, não será permitido cortar jornadas e salários desses servidores.

O presidente começou a falar no assunto dizendo já ver “um montão de órgão de imprensa falando besteira” e reafirmou que o texto não se aplica a quem está hoje no serviço público. Ele então abordou a questão dos militares.

“Se alguém quiser a previdênci­a, tudo militar, está à disposição. Nós não temos hora extra, não temos Fundo de Garantia, não tem um montão de coisa. A estabilida­de é com dez anos de serviço, não com três, tá certo? Mas ninguém quer comparar nada não”, disse Bolsonaro.

O presidente disse, então, que “o quadro de servidores encheu muito no Brasil” e que “a conta é alta para pagar”.

O governo apresentou um texto considerad­o amplo, que tem impacto não apenas sobre os servidores do Executivo, mas também do Legislativ­o e Judiciário. A proposta também tem efeito para estados e municípios.

O Ministério da Economia informou, no entanto, que o Poder Executivo não tem autonomia para propor mudanças de regras para membros de outros Poderes.

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