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Com a mesma desenvoltura que tocou sanfona em live com Bolsonaro, o presidente da Embratur, Gilson Machado, gravou um vídeo com o diretor de relações institucionais da Azul, Fabio Campos, para contar como a burocracia atrapalha a aquisição de aviões. Na Embratur há mais de um ano, Machado desconhecia o gargalo, que chamou de “escalafobético”. O vídeo viralizou no setor neste mês, depois do lançamento do Voo Simples, programa para alterar regras de aviação.
A performance gravada pelo sanfoneiro também circulou no governo e parece estar sendo considerada. Segundo o executivo da Azul, a expectativa é que a questão seja contemplada em uma grande medida provisória esperada pelo setor.
Conforme o didatismo do presidente da Embratur no vídeo, a história “parece piada, mas o pior é que é verdade”. Ele conta que os aviões Embraer fabricados no Brasil, em São José dos Campos (SP), precisam sair do país para serem nacionalizados antes de integrar a frota da companhia.
Segundo Fábio Campos, como as empresas que fazem leasing de aviões são estrangeiras, o bem precisa viajar para Porto Alegre (RS) para um processo de imigração e depois segue para Montevidéu, no Uruguai, para uma etapa aduaneira, antes de voltar a Confins (MG) para a importação na Receita.
Além dos custos da viagem, com processo de voo, Receita e liberação de registros, a aeronave perde sete dias sem operação. Para corrigir o problema, Campos diz que o ideal seria fazer um paralelo com o processo das plataformas de petróleo, que não precisam viajar.
Até o final do ano, a Azul espera receber mais quatro aeronaves. “No meio da crise do coronavírus, teremos de gastar mais um caminhão de dinheiro com isso”, afirma o diretor da Azul. Procurada pela coluna, a Embratur não se manifestou.
O presidente da Abrelpe (associação de empresas de limpeza pública e resíduos especiais), Carlos Silva Filho, vai assumir a presidência da ISWA (International Solid Waste Association), entidade internacional que atua no setor de resíduos sólidos.
Ele permanece no comando da associação brasileira e, na estrangeira, vai atuar em projetos de gestão de resíduos, como o fim dos lixões, que teve um novo prazo estabelecido pelo Marco Legal do Saneamento, sancionado em julho por Bolsonaro.
A média diária de testes rápidos da Covid-19 voltou a subir nas farmácias, diz a Abrafarma (associação das redes de drogaria). Nos primeiros 11 dias de outubro, foram realizados 7.216 ante 5.690 no mesmo período do mês passado. Apesar do aumento, a média ficou abaixo da registrada em agosto, de 9.165.
As novas medidas de restrição para conter a segunda onda de coronavírus no Reino Unido reacenderam o alerta nos pubs, que sofreram com o fechamento no auge da pandemia. A associação britânica dos estabelecimentos fez previsões preocupantes após a notícia de que o condado de Lancashire será submetido a medidas mais duras.
“As restrições de nível três terão um impacto devastador sobre pubs e a cadeia de suprimentos, a menos que um suporte adequado esteja disponível para as empresas afetadas. Inúmeros empregos serão perdidos se o governo não agir”, afirmou a entidade.
Na cidade de Bolton, onde o nível de alerta é alto, o pub mais velho, Ye Olde Man and Scythe, que foi inaugurado em 1251 e sobreviveu a guerras e incêndios, também receia não resistir à pandemia.
A atividade do comércio registrou a quinta alta mensal seguida em setembro, após o tombo da chegada da Covid-19 ao Brasil, diz a Serasa. O avanço foi de 3,4% ante agosto, impulsionado pela expansão de veículos, motos e peças, que subiram 5,8%.
Em uma aposta contraintuitiva, o Banco BMG não prevê redução do serviço em unidades físicas, segundo Ana Karina Bortoni Dias, presidente da empresa, que acredita na integração de canais.
O banco tem hoje 822 lojas de crédito com a bandeira Help. Nenhuma foi fechada na quarentena, mas o comportamento mudou, diz a executiva. Antes, toda a operação de crédito em conta era presencial e passou a ser feita principalmente online no meio do ano. “Já tinha tecnologia a disposição, faltava vencer a barreira psicológica”, afirma.