Vida e carreira política de Bruno Covas
INFÂNCIA EM SANTOS
Nasce em Santos, litoral sul de São Paulo, em 7 de abril de 1980, Bruno Covas Lopes, filho de Pedro Mauro Lopes e Renata Covas Lopes
MUDANÇA PARA A CAPITAL
Em 1995, deixa Santos para morar em São Paulo com o avô Mário Covas (19302001), então governador, no Palácio dos Bandeirantes
FORMAÇÃO
Bruno Covas é formado em direito pela USP e em economia pela PUC-SP
FILIAÇÃO AO PSDB E INÍCIO DA CARREIRA POLÍTICA
Em 1997, aos 17 anos, filiase ao PSDB, que teve
Mário Covas como um de seus fundadores.
Seis anos depois, assume a presidência estadual da juventude do partido. Em 2004, lança-se candidato a vice-prefeito de sua cidade natal, Santos
DEPUTADO ESTADUAL
Em 2006, ganha uma cadeira na Assembleia Legislativa de São Paulo. É reeleito em 2010. Na casa, foi relator do projeto de lei que criou a Nota Fiscal Paulista e autor da proposta que tornou obrigatória a realização da Virada Cultural
SECRETÁRIO DO MEIO AMBIENTE
Em 2011, assume a
Secretaria do Meio Ambiente do Governo do Estado de
São Paulo, onde fica até
2014. À frente da pasta, inaugurou e revitalizou parques e lançou o
Sistema Estadual de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais
DEPUTADO FEDERAL
Em 2014, ganha um assento na Câmara dos Deputados. No Legislativo, foi sub-relator da CPI da Petrobras e votou a favor do impeachment da então presidente
Dilma Rousseff (PT)
VICE-PREFEITO E PREFEITO
Em 2016, deixa a Câmara e disputa —e vence—a eleição municipal em São Paulo como vice-prefeito na chapa de João Doria (2016). Acumula o cargo com o de secretário das Subprefeituras e, depois, da Casa Civil. Em abril de 2018, quando Doria deixa o cargo para disputar o governo do estado, assume a cadeira de prefeito. Durante sua gestão, houve reajuste de 3,5% do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) para 2020, valor um pouco acima da inflação, e aumento da passagem de ônibus, de R$ 4,30 para R$ 4,40 (reajuste de 2,33%, abaixo da inflação).
Sob a gestão Doria e Covas, a prefeitura teve o menor nível de investimentos desde, ao menos, 2005.
Perto do fim do mandato, a gestão iniciada por Doria, em 2017, e continuada desde abril de 2018 por Covas havia investido R$ 8,2 bilhões, menos do que as gestões de Fernando Haddad (PT), Gilberto Kassab (PSD) e José Serra (PSDB)/Kassab, de acordo com levantamento da Folha. A administração tucana afirmou que fez ajuste fiscal e retomou gastos acima de R$ 4 bilhões
CÂNCER
No fim de outubro de
2019, recebe diagnóstico de câncer no trato digestivo com metástase. O adenocarcinoma estava localizado em um esfíncter na junção entre o esôfago e o estômago —chamado cárdia—, e tinha se expandido para lesões no fígado e nos linfonodos. Em fevereiro deste ano, após oito sessões de quimioterapia, uma biópsia dos linfonodos revela que o câncer não havia desaparecido após o tratamento. Covas começa, então, a fazer uso da imunoterapia (tratamento inovador que usa anticorpos monoclonais para estimular o sistema imunológico). O prefeito manteve sua agenda de compromissos durante todo o tratamento quimioterápico, tendo feito numerosas reuniões dentro do próprio hospital nos dias em que se internou para receber as doses do medicamento. Em outubro deste ano, o oncologista Tulio
Eduardo Flesch Pfiffer, que acompanha o prefeito desde o início do diagnóstico, afirma à Folha que a doença está controlada e que não há previsão de término do tratamento imunoterápico
ANÚNCIO DE CANDIDATURA À REELEIÇÃO
Em janeiro deste ano, durante o tratamento contra o câncer, Covas anuncia sua candidatura à reeleição
CAMPANHA À REELEIÇÃO
Durante a corrida, a Folha mostrou que Covas lotou suas agendas de campanha com cafés, entrevistas e passeatas, com frequência de mais de cinco compromissos num só dia. Enquanto isso, os compromissos oficiais como prefeito se restringiram, em sua maioria, a “despachos internos”. A prefeitura afirmou que o levantamento da reportagem mostrou
“de forma inequívoca que o prefeito preservou a sua rotina administrativa”.
Covas começou a campanha atrás de Celso Russomanno (Republicanos), segundo pesquisa Datafolha. Após o deputado federal derreter nas intenções de voto, o tucano assumiu a liderança e obteve 32,8% dos votos no primeiro turno, contra 20,2% de Guilherme Boulos (PSOL), seu adversário no segundo turno
REELEITO
Bruno Covas vence segundo turno com 3.169.121 milhões de votos, ou
59,38% dos votos válidos, contra 2.168.109 votos para Guilherme Boulos (40,62%)