Bancos ignoram linha de crédito com garantia em maquininhas
“Demanda existe, basta ver o que aconteceu com o Pronampe [Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte]”, afirmou Afif.
Em 18 de novembro deste ano, o Senado aprovou o projeto de lei que institui a terceira fase do Pronampe. O programa foi criado em maio para auxiliar empresas em dificuldades durante o período de pandemia do novo coronavírus.
Na primeira liberação do programa, 90% dos recursos foram concedidos em um mês. Na segunda leva, todo o montante já havia sido emprestado em menos de 15 dias.
O texto de liberação de recursos para a terceira etapa do Pronampe agora segue para a Câmara dos Deputados. Se aprovado sem alterações segue para a sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Setor afirma que mantém esforços de apoio ao crédito OUTRO LADO
Na mesma nota em que atribui a baixa adesão ao Peac Maquininhas ao Pix, entre outros, a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirmou que o setor bancário já liberou R$ 120 bilhões em crédito no âmbito dos programas emergenciais e segue investindo esforços para apoiar o governo e o crédito.
“Esse apoio será mantido enquanto ele se mostrar necessário”, completou a entidade.
Em nota, o Itaú Unibanco afirmou que além dos R$ 180 milhões já cedidos pelo Peac Maquininhas, o banco segue tentando equilibrar a concessão de crédito com a manutenção da saúde financeira.
“Para pequenas e médias empresas, o Itaú Unibanco
Todos esses programas [Pix, open banking e programas sociais do governo] e adaptações ao momento que estamos vivendo tiveram impacto no cronograma de implementação do Peac Maquininhas Febraban Federação Brasileira de Bancos
já repassou mais de R$ 20 bilhões em linhas emergenciais do governo, via Pronampe, custeio de folhas de pagamentos, FGI (Fundo Garantidor para investimentos) e CGPE (Capital de Giro para Preservação de Empresas)”, afirmou o banco, em nota.
“Clientes do banco também seguem contando com o apoio do banco por meio do Programa Travessia”, disse.
Também em nota, o Banco do Brasil afirmou que já emprestou mais de R$ 400 milhões pela modalidade.
“O Banco do Brasil iniciou a oferta da linha no dia 18, enquanto a maior parte das demais instituições já estava operando há cerca de 40 dias. Tão logo os dados sejam atualizados, o BB já deve aparecer como líder ou um dos líderes de liberação de recursos ”, afirmou.
Bradesco, Santander e Caixa Econômica não responderam até a conclusão desta reportagem.