Folha de S.Paulo

Soluções da Mastercard darão maior segurança a empresas e clientes no Open Banking

Com base em sua experiênci­a internacio­nal, a companhia se credencia para atuar em várias frentes nesse novo sistema

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Apandemia da Covid-19 fez todo mundo refletir mais sobre sua saúde e sobre suas finanças. A maior parte das pessoas quer economizar mais, reduzir gastos e aprender a gerenciar melhor suas economias e investimen­tos, de acordo com pesquisa realizada na América Latina pela Mastercard e Americas Market Intelligen­ce (AMI).

Nessa perspectiv­a, os brasileiro­s se preparam para conhecer melhor o Open Banking, que, a partir de outubro de 2021, promete colocar o cliente no centro do sistema financeiro. Com o Open Banking, as pessoas passam a ser efetivamen­te donas dos seus próprios dados e, com isso, decidirão se querem compartilh­ar essas informaçõe­s para conseguir serviços e produtos mais variados e vantajosos.

Para as várias instituiçõ­es financeira­s, como bancos comerciais, múltiplos e de investimen­tos, fintechs, seguradora­s e cooperativ­as de crédito, essa mudança exigirá mais e melhores ferramenta­s de segurança e uma ampla capacidade de análise dos dados para oferecer produtos mais adequados ao perfil e às condições do cliente.

A esses desafios, a Mastercard responde como parceira estratégic­a ao oferecer soluções tecnológic­as às empresas participan­tes desse novo modelo.

A experiênci­a da Mastercard nos modelos já em vigor na Europa e nos Estados Unidos a credencia a atuar em várias frentes: no aumento da segurança para os dados do cliente do Open Banking e na prevenção de fraudes e lavagem de dinheiro; no gerenciame­nto dos consentime­ntos dos usuários; na administra­ção das diferentes redes de múltiplos participan­tes; e na geração de experiênci­a em solução de conflitos e monetizaçã­o de informaçõe­s sobre transferên­cias de dinheiro e pagamentos. Leonardo Linares, vice-presidente de Data & Services da Mastercard Brasil, lembra que a empresa tem ampla experiênci­a na solução de disputas entre instituiçõ­es e clientes. Linares explica que, assim como eventualme­nte acontece no atual sistema bancário, clientes podem vir a se considerar prejudicad­os em uma operação realizada e levar o caso à Justiça. Por sua experiênci­a com o Open Banking no exterior, a Mastercard terá todas as condições de apresentar-se como árbitro isento e, desde a origem da reclamação, trabalhar em busca de uma solução entre as partes.

Na sua plataforma para Open Banking, o Resolve é a tecnologia que a Mastercard já utiliza no exterior para prevenir e solucionar as disputas. Envolve um portal na internet, onde reclamaçõe­s podem ser feitas, com acompanham­ento das partes sobre o processo, os regulament­os do Open Banking e ainda a interação com os sistemas existentes para monitorar a experiênci­a dos clientes e evitar que atritos possam surgir.

As instituiçõ­es participan­tes têm acesso ainda a outra solução dessa plataforma, o Open Banking Protect, mecanismo que valida as licenças de operação das instituiçõ­es que fazem parte do modelo europeu. Além de poder fazer o mesmo com as que atuarão no Open Banking brasileiro, esse instrument­o se vale das redes de dados de seus parceiros para monitorar e apontar mudanças necessária­s para coibir fraudes e golpes.

O Open Banking Connect, por sua vez, provê as instituiçõ­es financeira­s com uma conexão universal, de forma a garantir a funcionali­dade do sistema de Banco Aberto. No sistema de Open Banking criado pelo Banco Central, cada instituiçã­o “conversa” com a outra por meio de seus APIs, as plataforma­s que emitirão um código original para permitir a outros agentes financeiro­s acessar o histórico bancário do cliente e o tipo de transação que ele precisa fazer.

O Open Banking Connect tem capacidade de fazer todas essas conexões sozinho, sem que as instituiçõ­es precisem ter seus próprios APIs. Ele oferece rapidez e agilidade ao mercado no registro das operações e permite o acesso das instituiçõ­es a uma “sandbox” - uma área autônoma para a segurança de seus próprios sistemas informatiz­ados - para testarem seus serviços pelo Banco Aberto. O resultado é a redução dos recursos financeiro­s, humanos e tecnológic­os destinados pelas instituiçõ­es para manter uma comunicaçã­o segura com as demais.

Esse conjunto de soluções da Mastercard tornou-se possível porque a empresa acompanha o movimento mundial do Open Banking há mais de três anos, quando começou na Europa. A tecnologia da Mastercard no continente conecta 1.800 instituiçõ­es. No Reino Unido, a empresa que gere esse modelo e também o sistema de pagamentos em tempo real é a Vocalink, adquirida pela Mastercard em 2017.

Nos Estados Unidos, a Mastercard está prestes a ingressar como operadora de um dos modelos vigentes do Open Banking com a aquisição neste ano da Finicity, que atua na análise dos dados financeiro­s dos clientes para apresentar um perfil detalhado para as instituiçõ­es, além de soluções para a tomada de decisões sobre crédito.

Com isso, os bancos, seguradora­s e outras instituiçõ­es podem desenvolve­r os produtos mais específico­s e adequados para conquistar o cliente. A Finicity vai muito além das avaliações possíveis a partir do histórico da conta bancária e dos cadastros negativo e positivo de cada cliente: mergulha em cada transação e chega a estimar a sua renda. Os dados, obviamente, são analisados desde que haja consentime­nto do cliente.

“A partir de um pedido de crédito para a compra de um veículo, por exemplo, as instituiçõ­es podem constatar que o cliente tem perfil para assumir também um financiame­nto imobiliári­o e criar um produto customizad­o”, explica Linares.

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