Folha de S.Paulo

PSDB tem derrotas em SP, mas mantém cinturão na Baixada

Partido teve 10 vitórias entre os 28 municípios com mais de 200 mil eleitores

- Marcelo Toledo

RIBEIRÃO PRETO O cenário eleitoral de 2016 praticamen­te se repetiu: o PSDB manteve o “cinturão tucano” na Baixada Santista nestas eleições e vai controlar a maioria das cidades da região de 2021 a 2024. Entre os 28 municípios que contam com mais de 200 mil eleitores em São Paulo, porém, perdeu quatro prefeitura­s em relação à eleição anterior.

Das nove cidades da região litorânea, o partido saiu vitorioso em seis, uma a menos do que há quatro anos. Mas, mesmo naquelas em que foi derrotado, teve bom desempenho nas urnas.

O partido, que já havia garantido as prefeitura­s de cinco cidades em 15 de novembro passado (Santos, Cubatão, Itanhaém, Peruíbe e Bertioga), levou neste domingo (29) Praia Grande, a terceira mais populosa da região, com 330 mil habitantes.

Em Santos, principal município da Baixada, o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), que está há oito anos no cargo, fez seu sucessor, Rogério Santos, ainda no primeiro turno, com 50,58% dos votos válidos, bem à frente de Ivan Sartori (PSD), que teve apenas 18,60%.

“Tenho convicção de que o Rogério vai dar continuida­de a este trabalho que iniciamos juntos há oito anos”, disse o atual prefeito em suas redes sociais.

Neste domingo, Barbosa parabenizo­u todos os eleitos na região e afirmou querer que todos trabalhem em conjunto, a fim de cuidar e proporcion­ar mais qualidade de vida aos moradores da região. Dos 1,88 milhão de habitantes, o partido governará para 1,13 milhão.

Nas outras três cidades da Baixada, a eleição foi pulverizad­a, mas com candidatos tucanos tendo boa votação em duas delas.

Em São Vicente, o eleito neste domingo foi Kayo Amado (Podemos), que derrotou Solange Freitas (PSDB), por 56,3% a 43,7% dos votos válidos. Ela havia saído das urnas do primeiro turno na liderança, com 41,47%.

Já em Mongaguá, o futuro prefeito será Márcio Cabeça (Republican­os). Atual vice da cidade, ele foi eleito em 2016 pelo PSDB e, desta vez, derrotou o tucano Rodrigo Casa Branca por uma diferença de 1.706 votos.

A exceção mais significat­iva é Guarujá, onde Válter Suman (PSB) acabou sendo eleito ainda no primeiro turno com 75,68% dos votos, enquanto o candidato do PSDB, André Guerato, terminou em sexto lugar, com 1,52%.

A manutenção do cenário na Baixada Santista não se refletiu em sua totalidade quando avaliados os resultados nos 28 municípios com mais de 200 mil eleitores do estado de São Paulo —que, por esse número, poderiam ter segundo turno.

No estado, a sigla tucana venceu em 10 dessas 28 cidades, 4 a menos do que haviam conquistad­o há quatro anos. Apesar de ter vencido em Carapicuíb­a, onde o PV tinha levado a eleição em 2016, o PSDB não manteve Itaquaquec­etuba, Mogi das Cruzes, Piracicaba, Taboão da Serra e Taubaté.

Em Mogi das Cruzes, depois de terminar na liderança do turno inicial com 42,29%, o tucano Marcus Melo foi derrotado por Caio Cunha (Podemos) neste domingo, quando obteve 41,61% dos votos válidos.

Atual prefeito, Barjas Negri também foi derrotado em Piracicaba por Luciano Almeida (DEM), por 54,2% a 45,8%, cenário que se repetiu em Taboão da Serra, onde o tucano Engenheiro Daniel alcançou 49,37%, ante os 50,63% de Aprigio (Podemos).

Em Itaquaquec­etuba, o partido fez parte da coligação que elegeu o delegado Eduardo Boigues (PP). Já em Taubaté, não chegou ao segundo turno.

No geral, o mapa da disputa nas principais cidades paulistas mostra o PSDB com 10 prefeitura­s, incluindo a capital, seguido por Podemos (4), MDB (3), PSD, Republican­os e PT (2 cada) e PSB, DEM, PL, Patriota e PP (1 cada).

O PSDB, em comunicado, disse ser o partido mais votado do país e que vai governar, a partir do ano que vem, para o maior número de brasileiro­s.

“Pelos próximos 4 anos, estaremos no comando de 520 cidades, onde vivem 36 milhões de pessoas [16,2% da população]. Elegemos ainda 417 vice-prefeitos e 4.336 vereadores em todo o Brasil.”

O PSDB vai governar quatro capitais --São Paulo, Natal, Porto Velho e Palmas-- e outras 14 cidades com mais de 200 mil eleitores. Dessas, cinco são de outros estados: Caruaru (PE), Pelotas, Caxias do Sul e Santa Maria (as três no RS) e Governador Valadares (MG).

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