Facebook vai pagar por notícias de veículos de imprensa no Reino Unido
O Facebook anunciou nesta terça (1º) que vai pagar por notícias publicadas por veículos de jornalismo profissional no Reino Unido. A rede terá um espaço dedicado ao noticiário nacional e local a partir de janeiro.
A empresa diz que vai investir em conteúdos que ainda não estejam disponíveis em sua plataforma. Há alguns meses, a gigante de tecnologia anunciou que o Brasil estava entre os países considerados para a iniciativa, chamada Facebook News. Não há informações sobre a chegada do recurso.
O primeiro grupo de jornais, revistas e sites a participar do modelo no Reino Unido inclui, entre outroas, The Economist, Condé Nast, ESI Media, Guardiaén Media Group, Hearst e Iliffe.
Em comunicado, a companhia afirma que também incluirá conteúdo sobre estilo de vida de marcas como Harpers, Cosmopolitan, Wired, GQ, Glamour, Vogue e Tatler.
Em outubro de 2019, Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook, anunciou o lançamento nos EUA, que conta com parceiros tradicionais, como The Washington Post, The Wall Street Journal, Business Insider, BuzzFeed e sites de jornalismo local.
A medida é uma forma de compensar financeiramente empresas que alimentam a rede social com conteúdo noticioso próprio e não recebem parte da verba publicitária obtida pela rede social com a venda de anúncios.
À época, o convite para o lançamento colocava Zuckerberg ao lado de Robert Thomson, presidente da News Corp. de Rupert Murdoch, que publica o WSJ e outros jornais. Ambos cobravam havia anos uma compensação das empresas de tecnologia.
A empresa não dá detalhes sobre contratos e remuneração. Há um ano, o site americano Vox publicou que a quantia paga a alguns veículos chegaria a US$ 3 milhões por ano. A receita do Facebook no último trimestre foi de US$ 21,5 bilhões.
O Facebook News é como uma divisão na rede social que oferece a usuários histórias de acordo com seus interesses, filtrados por algoritmos.
O Facebook afirma que mais de 95% do tráfego que o Facebook News entrega aos editores americanos vem de novos públicos, ou seja, de pessoas que não haviam interagido com os meios de comunicação no passado.
Segundo a empresa, negociações também ocorrem na França e na Alemanha.
Em junho, o Google anunciou medida semelhante para o jornalismo profissional, que começou a valer em outubro. Alemanha e Brasil fazem parte da iniciativa.
A Folha é uma das publicações na plataforma, chamada Destaques, que oferece conteúdos diários escolhidos e editados pelos próprios veículos. Também participam o portal UOL, o jornal Estadão, as revistas Veja e piauí, além de Band e Jovem Pan, e de veículos locais e regionais.