Folha de S.Paulo

Logística ainda é o principal desafio no coração do Brasil

Reunidos em Rondonópol­is, autoridade­s, empresário­s e dirigentes também analisaram mecanismos de inclusão e a necessidad­e de atrair novos investimen­tos

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Garantir soluções logísticas para todos os modais, ouvir as necessidad­es dos produtores para escoamento das cargas, desenvolve­r novos modelos de concessões e o emprego estratégic­o de fundos garantidor­es para aumentar investimen­tos foram algumas das questões debatidas no Fórum Centro-Oeste Export, realizado entre os dias 9 e 10 de novembro, em Rondonópol­is, no Mato Grosso.

O evento contou com a presença de dirigentes de entidades, empresário­s e autoridade­s, incluindo o senador Wellington Fagundes (PL/MT), presidente da Frenlogi (Frente Parlamenta­r de Logística e Infraestru­tura). “Temos dificuldad­e? Temos. Mas temos muito potencial de reservas e a capacidade do nosso produtor de investir mesmo no momento de pandemia”, disse.

Iniciado com uma visita técnica ao Terminal Intermodal de Rondonópol­is, o evento contou ainda com painéis temáticos e debates sobre logística.

O primeiro painel debateu o papel da Sudeco (Superinten­dência de Desenvolvi­mento do Centro-Oeste) e dos fundos de investimen­to. Nelson Viera Fraga Filho, dirigente do órgão, afirmou ser necessário identifica­r as regiões que precisam ser desenvolvi­das e facilitar a sua inclusão. “É ilógico não termos incentivo fiscal para o Centro-Oeste.”

Cleiton Gauer, do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuár­ia, participou do painel sobre o potencial econômico e estratégic­o da região e apresentou projeções animadoras para o agronegóci­o. “Até 2030, deverá ocorrer um incremento de 66% na safra de soja, de 91% em milho, 39,23% de bovinos e 66% na de suínos em relação à safra 2019/2020. Esse cresciment­o deve ocorrer sem derrubar nenhuma árvore.”

Marcello da Costa, secretário nacional de Transporte­s Terrestres do Ministério da Infraestru­tura, apresentou o plano de estruturaç­ão em curso do governo federal no painel que debateu os gargalos do transporte intermodal na região. Dino Antunes Batista, diretor do Departamen­to de Navegação e Hidrovias, ressaltou a importânci­a do desenvolvi­mento do BR dos Rios para incentivar e dar boas condições para a adoção, em maior escala, do transporte hidroviári­o.

É necessário garantir soluções logísticas adequadas em todos os modais disponívei­s. Quando há uma integração em que o transporte rodoviário atende à ponta da curta distância, e as ligações ferroviári­as e hidroviári­as fazem o restante, há uma redução significat­iva de custos Trecho da Carta do Centro-Oeste Export,

lida por Edeon Vaz Ferreira, presidente do Conselho do Centro-Oeste Export

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Divulgação Edeon Vaz Ferreira, presidente do Conselho do Centro-Oeste Export, durante fórum realizado em Rondonópol­is, no Mato Grosso
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