Setor portuário bate recordes e avança durante a pandemia
Na abertura do Brasil Export, o secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, reconheceu a contribuição do segmento que não parou em momento algum e evoluiu em ranking de competitividade global
Osetor portuário brasileiro avançou 13 posições no ranking de competitividade global do Fórum Econômico Mundial. O trabalho, que leva em conta pesquisas de opinião com empresários e índices globais de produtividade de 141 países do mundo, classificou o Brasil como 91º na infraestrutura portuária, ante a 104ª posição no ano de 2019.
Os dados foram apresentados pelo secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, que representou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, na cerimônia de abertura do Brasil Export 2020, realizada em Brasília na segunda-feira (23).
O ranking do Fórum Econômico Mundial é utilizado pelo ministério como parâmetro para medir as melhorias do setor de transportes e logística no país. A meta da atual gestão, segundo Sampaio, é ser o líder na América Latina no setor de infraestrutura de transportes.
“Fomos brindados com a subida de 13 posições no setor portuário”, afirmou Sampaio, lembrando que o setor “deu o sangue” para manter o funcionamento da logística durante o ano de 2020, marcado pela pandemia de Covid-19, e batendo recordes de movimentação.
No total, 79 obras públicas foram concluídas no ano. Sampaio anunciou que no setor rodoviário em 2020 serão concluídos mil quilômetros de rodovias, sendo 400 quilômetros de duplicação. O secretário citou ainda investimentos privados no setor portuário, como a ampliação do Tecon de Salvador (BA).
O secretário, mesmo diante dos bons resultados, diz ter a consciência de que ainda há muito o que fazer no setor de infraestrutura nacional. Ele brincou dizendo que, para fazer as obras necessárias no Brasil, não é preciso grandes estudos.
“Fazer infraestrutura no Brasil ainda é fazer o óbvio”, afirmou Sampaio. “Temos que ter esse momento de festa, mas sabemos que ainda temos muito o que fazer.”
Sampaio também destacou a melhoria da gestão das companhias docas, que são as estatais responsáveis pela administração dos portos públicos sob gestão federal. Segundo ele, todas as sete companhias federais passaram do prejuízo ao lucro na atual gestão.
Outro avanço se deu com a sanção da Lei 14.047/2020, chamada de minirreforma dos portos, com a qual será possível que as administrações portuárias possam passar áreas para a exploração pela iniciativa privada de maneira simplificada. Nos planos do ministério também está o processo de desestatização dessas empresas, que começará pela Codesa (Companhia Docas do Espírito Santo).
Participaram da mesa de abertura do Brasil Export Fabricio Julião, CEO do Brasil Export; Marcos Montes, secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Desmond Ng, chefe da missão da Embaixada de Singapura; e Eduardo Nery, diretor-geral da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).
Também estiveram presentes Vander Costa, presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte); Mayhara Chaves, presidente da Abeph (Associação Brasileira das Entidades Portuárias e Hidroviárias); Eduardo Diogo, diretor de Administração e Finanças do Sebrae; e José Roberto Campos, presidente do Conselho Nacional do Brasil Export.
Sempre ouvimos que o Brasil era eficiente da porteira para dentro. Estamos inaugurando um novo momento do país: um país que passa a ser eficiente da porteira para fora”
Fomos brindados com a subida de 13 posições no setor portuário. E o setor deu o sangue para manter o funcionamento da logística durante a pandemia, batendo recordes de movimentação” Marcelo Sampaio, secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura