Plano de voo
Parte do plano anunciado pelo governo nesta quarta (2) para tentar fazer deslanchar seu programa de privatizações no próximo ano, o sucesso do leilão de aeroportos previsto para março depende da superação de duas incertezas. O Tribunal de Contas da União ainda não concluiu sua análise do projeto, passo necessário antes da publicação do edital com as regras do leilão. Além disso, muitas empresas com interesse nos terminais ainda não se recuperaram do tombo sofrido com a pandemia.
CONTRA O RELÓGIO O governo espera que o TCU termine sua análise em no máximo duas semanas. Se o órgão de controle levar mais tempo, ou fizer muitas ressalvas, ficará mais difícil preparar o edital e realizar o leilão no prazo indicado pelos ministros que compõem o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
TURBINA Embora a queda do movimento causada pela pandemia do coronavírus tenha afetado finanças de empresas do segmento, os sinais de recuperação parecem consistentes, diz Marcelo Allain, coordenador do comitê que acompanha o setor na Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).
DE OLHO Mesmo que os operadores que disputaram os leilões de aeroportos nas rodadas anteriores promovidas pelo governo não tenham o mesmo fôlego para participar da disputa desta vez, fundos de investimento em busca de oportunidades tendem a ser atraídos pelas regras do leilão, apostam as empresas.
DESÂNIMO Índice da Associação Comercial de São Paulo que busca medir a confiança dos consumidores no estado teve sua primeira queda desde maio, quando atingiu seu patamar mais baixo no ano, de 73 pontos em escala que vai até 200. Em novembro, o índice marcou 83 pontos, dois a menos que no mês anterior.
LIGAÇÃO Empresas de telemarketing seguiram contratando durante a pandemia, segundo a ABT, associação que representa 20 grandes companhias do setor. Foram 20 mil novos postos de trabalho, a maior parte para trabalhar remotamente em casa, o que elevou o total dos funcionários nas associadas a 400 mil.
SEM ONDA A indústria brasileira de produtos para a saúde produziu 7,2% menos entre janeiro e setembro, na comparação com o mesmo período de 2019, segundo a Abiis, que representa o setor. O cancelamento de cirurgias eletivas durante a pandemia contribuiu para o resultado negativo, diz a entidade, apesar das vendas de produtos para o enfrentamento do coronavírus.
PRESSA Depois de apresentar seu relatório para o projeto de lei que cria incentivos para startups nesta terça (1º), o deputado federal Vinicius Poit (Novo-SP) juntou mais de 300 assinaturas para requerimento pedindo urgência na votação do texto. O parlamentar acha possível votar no plenário ainda neste ano.
FERMENTO Para entidades do segmento de startups, o relatório traz avanços em relação ao texto apresentado pelo governo federal e pode estimular investimentos nas empresas novatas. Diego Perez, presidente da ABFintechs, afirma que as propostas favorecem o setor ao regulamentar a prática de oferecer ações da empresa para funcionários como estratégia de reter talentos.
CETICISMO Dois terços dos consumidores (66%) disseram não confiar em recomendações de produtos feitas por influenciadores digitais em um levantamento da empresa Capterra, do Grupo Gartner, com 600 pessoas.
SEGUIDORES Para a maioria dos consultados na pesquisa (53%), as resenhas de outros consumidores são as fontes mais confiáveis de informações sobre os produtos, seguidas pelas opiniões de especialistas (29%) e pelas recomendações de amigos (9%).
EM CASA Na contramão do crescimento das vendas do comércio eletrônico e de grandes empresas na Black Friday, o fluxo de consumidores nos estabelecimentos físicos durante o dia das promoções despencou em meio à pandemia. Nos shopping centers, caiu 62,9%, e nas lojas de rua, 54%, na comparação com 2019, de acordo com monitoramento das empresas FX Data Intelligence e F360º.
COFRE Na esteira da redução de crimes contra o patrimônio, como roubos e furtos, durante a pandemia do coronavírus, o número de tentativas de ataques e assaltos a agências bancárias caiu neste ano. Foram 47 registros entre janeiro e setembro, uma queda de 48% na comparação com o mesmo período de 2019, segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos).