Folha de S.Paulo

Biden prepara pacote de US$ 1,9 trilhão contra crise

Recursos incluem despesas para vacinação em massa e ajuda financeira para os prejudicad­os pela crise econômica

- Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves

O presidente eleito dos EUA, Joe Biden Jr., apresentar­ia na noite desta quinta (14) um pacote de gastos de US$ 1,9 trilhão (R$ 9,9 trilhões) para combater a pandemia e seus efeitos na economia.

O foco inicial seria na expansão em grande escala do programa de vacinação do país e a capacidade de testes do vírus, segundo duas pessoas inteiradas dos planos, que ainda não haviam sido divulgados até a conclusão deste texto.

Biden detalharia sua proposta, que ele e sua equipe econômica vêm elaborando há semanas, em um discurso à noite em Delaware.

Os esforços vão cobrir a pandemia, a economia, atenção à saúde, educação, mudança climática e outras prioridade­s domésticas, disse Brian Deese, futuro diretor do Conselho Econômico Nacional, na conferênci­a Reuters Next na quarta (13).

Congressis­tas democratas disseram que estão se preparando para que os esforços incluam duas leis.

O primeiro pacote, que seria o foco do discurso desta quinta, incluirá dinheiro para completar o auxílio de US$ 2.000 a indivíduos e ajuda a pequenas empresas e governos locais e estaduais, componente­s que Biden enfatizou nas últimas semanas. Este virá na forma de cheques de estímulo adicionais de US$ 1.400 (R$ 7.280), completand­o os de US$ 600 (R$ 3.120) que o Congresso aprovou em dezembro.

Outros informados das ideias de Biden disseram que ele também pediria que a primeira lei aprovada incluísse uma extensão dos benefícios federais a desemprega­dos, que deverão expirar em março para muitos trabalhado­res, e mais ajuda para os inquilinos.

Planos para o primeiro pacote incluem ainda um aumento significat­ivo de gastos em distribuiç­ão de vacinas, testes e rastreamen­to de contatos, disse Deese, e Biden tentará obter dinheiro suficiente para permitir que a maioria das escolas abra, numa tentativa de aumentar a participaç­ão da força de trabalho.

“Precisamos abrir as escolas”, disse Deese, “para que os pais, especialme­nte as mulheres, que estão sendo prejudicad­as desproporc­ionalmente, possam voltar ao trabalho.”

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