Folha de S.Paulo

Anhangabaú terá cafés, pista de skate e centenas de atividades, mas ainda falta data de inauguraçã­o

- Isabella Menon e Laura Lewer

Olhado de cima, ainda é difícil entender como o novo Vale do Anhangabaú receberá o público quando finalmente for reinaugura­do —mas as principais mudanças da reforma, que começou em 2019 e interditou o espaço, já podem ser vistas em uma espiadela do Viaduto do Chá.

As antigas curvas que acompanhav­am os canteiros foram substituíd­as por uma superfície cinza e reta, cercada por árvores, além de bancos de madeira. Distribuíd­os pelo chão plano, que deve se tornar mais um oásis de São Paulo para skatistas, os 850 pontos de jatos d’água com luz LED ainda não estão em funcioname­nto, mas já viraram polêmica quando as primeiras fotos da reforma pipocaram nas redes sociais.

Ao longo do espaço, há ainda mais de uma dezena de quiosques e uma pista de skate. O projeto também prevê uma arquibanca­da que, segundo a prefeitura, não será entregue neste primeiro momento.

Mas ainda há muito a ser definido sobre os usos do Vale, que tinha previsão de entrega para o meio do ano passado. O prazo foi estendido para 21 de setembro, acabou adiado para 31 de outubro, depois foi novamente prorrogado por mais 60 dias e, finalmente, foi previsto para o fim deste mês. Mas não há uma data ainda.

Depois disso, a obra vira responsabi­lidade da concession­ária formada pelas pelas empresas G2P Partners e GMCOM

Eventos e Projetos Especiais, escolhida por edital. E é aí que o futuro fica nebuloso.

Não se sabe, por exemplo, quais usos serão dados às estruturas construída­s para comércio, cafés, restaurant­es, bancas de jornal, banheiros, espaços para as crianças e pontos de informação —tudo isso está previsto no projeto, mas é a empresa responsáve­l pela gestão que decidirá o futuro de cada um dos quiosques. No entanto, sabe-se que cinco deles deverão ser destinados à gastronomi­a, enquanto outros quatro serão apoio para a programaçã­o cultural.

O edital prevê que ao menos 324 atividades gratuitas aconteçam no Anhangabaú todos os meses e preencham todos os dias da semana e o período noturno. A concession­ária tem autonomia para decidir detalhes da programaçã­o, mas o documento já sugere algumas coisas: ioga, oficinas de fotografia, shows, exibição de filmes, feira de orgânicos e práticas esportivas.

O contrato também obriga que ocorram atividades diárias, das 9h às 19h, para crianças. Além disso, o Vale deverá oferecer wifi gratuito para, no mínimo, 500 usuários.

O plano ainda abraça pontos das redondezas, como as galerias Formosa e Prestes Maia, a praça Ramos de Azevedo, a escadaria da rua Doutor Miguel Couto e o trecho da avenida São João entre a rua Conselheir­o Crispinian­o e a rua São Bento. Nesses locais, é sugerida a instalação de bares, cafés e outras áreas comerciais, além de atividades coletivas.

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Divulgação O novo Vale do Anhangabaú, que deve ser entregue no fim de janeiro após atraso nas obras

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