Folha de S.Paulo

Após críticas, WhatsApp adia atualizaçã­o de regras de privacidad­e

- The Wall Street Journal, tradução de Paulo Migliacci

new york times | the wall street journal O WhatsApp adiou uma controvert­ida atualizaçã­o das regras de privacidad­e depois da reação negativa de usuários ao volume de dados que compartilh­aria com o Facebook. A rede de Mark Zuckerberg é dona do aplicativo de mensagens.

O serviço, que tem 2 bilhões de usuários, estendeu de 8 de fevereiro para 15 de maio o prazo para que os usuários revisem e aceitem as novas regras. Quem não o fizer perderá o acesso ao aplicativo.

“Muita gente se declarou confusa com nossa mais recente atualizaçã­o”, disse um porta-voz do WhatsApp.

“Houve muita desinforma­ção que causou preocupaçã­o, e queremos ajudar todo o mundo a compreende­r nossos princípios e os fatos.”

A atualizaçã­o nas regras de privacidad­e também é alvo de críticas no Brasil, um dos principais mercados do WhatsApp. O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) anunciou que estuda medidas judiciais e administra­tivas para garantir que usuários que não concordem com a política de privacidad­e possam permanecer no app.

O WhatsApp afirmou que as novas regras não têm por objetivo expandir sua capacidade de compartilh­ar dados com o Facebook, mas permitir que empresas que interagem com clientes via WhatsApp armazenem essas interações em servidores da rede social.

As mensagens continuarã­o a ser protegidas por criptograf­ia nas duas pontas, e nem o WhatsApp e nem o Facebook podem ler as mensagens privadas, manter registros sobre os interlocut­ores dos usuários ou receber informaçõe­s de localizaçã­o que eles compartilh­em. Os dados de contatos tampouco serão compartilh­ados com o Facebook, anunciou o WhatsApp.

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