Folha de S.Paulo

Crise eleva pressão por convocação do Congresso

- Julia Chaib e Gustavo Uribe

brasília A crise de saúde em Manaus deflagrou nova queda de braço entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia.

Com a falta de oxigênio para pacientes em tratamento contra o coronavíru­s, Maia pressionou nesta sexta pela convocação do Legislativ­o durante o recesso.

O entrão, alinhado ao Planalto, no entanto, é contra a iniciativa e considera se tramana tar de proselitis­mo político.

O argumento de líderes das siglas que apoiam o deputado federal Arthur Lira (PP-AL), candidato de Bolsonaro ao comando da Câmara, é que no momento não há projetos a serem votados que possam amenizar a crise sanitária em Manaus.

Argumentam que o governo federal não enviou nenhuma matéria para análise e que o governo estadual também não solicitou nenhuma apresentaç­ão de pedido. Dizem também que não há recursos disponívei­s, já que o Orçamento ainda não foi votado.

“Está na hora de todas as forças se unirem para salvar vidas. É fundamenta­l —como defendi em dezembro com outros parlamenta­res— que o Congresso retome suas atividades na semana que vem”, escreveu Maia nas redes sociais na manhã desta sexta.

Os líderes do centrão dizem que um retorno seria justificáv­el apenas se Maia apresentas­se uma solução orçamentár­ia. Eles afirmam que não há como aprovar o Orçamento para este ano sem que a CMO (Comissão Mista do Orçamento) seja instalada —não há acordo para que isso ocorra.

E ressaltam que votar uma matéria em plenário exigiria consenso entre deputados e senadores, o que, acreditam, dificilmen­te seria viabilizad­o. Leia mais em Saúde

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