Vaivém de Bolsonaro e Pazuello na corrida pela vacina
“VACINA DO BRASIL” 20.out.20
“A vacina do Butantan será vacina do Brasil”, disse Pazuello em reunião com governadores em que anunciou a compra de 46 milhões de doses da Coronavac. “O Butantan já é o grande fabricante de vacinas para o Ministério da Saúde, produz 75% das vacinas que nós compramos.”
“NÃO SERÁ COMPRADA” 21.out.20
Em seguida, Bolsonaro desautorizou o ministro da Saúde, que havia anunciado a aquisição da Coronavac. Ao responder ao comentário de um internauta que pediu que a vacina não fosse comprada porque ele tem 17 anos e diz querer ter “um futuro, mas sem interferência da ditadura chinesa”, Bolsonaro negou a compra. “NÃO SERÁ COMPRADA”, escreveu em letras maiúsculas
TESTES SUSPENSOS 10.nov.20
Em novembro, a Anvisa suspendeu os testes da Coronavac devido à morte de um dos voluntários, que não teve relação com a vacina. O presidente escreveu nas redes: “Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar todos os paulistanos a tomá-la”
“VIRAR UM JACARÉ” 17.dez.20
Em discuro em Porto Seguro (BA), o presidente afirmou que não tomaria a vacina. Bolsonaro acrescentou que a Pfizer, uma das fabricantes mundiais de vacina, não se responsabiliza por efeitos colaterais. “Se tomar e virar um jacaré é problema seu. Se virar um super-homem, se nascer barba em mulher ou homem falar fino, ela [Pfizer] não tem nada com isso”
“DIA D” 11.jan.21
“A vacina vai começar no dia D, na hora H no Brasil. No primeiro dia que chegar a vacina, ou que a autorização for feita [pela Anvisa], a partir do terceiro ou quarto dia já estará nos estados e municípios para começar a vacinação no Brasil”, afirmou Pazuello em visita a Manaus
RETORNO DA “VACINA DO BRASIL” 18.jan.21
Ao romper o silêncio sobre a aprovação dos imunizantes pela Anvisa, Bolsonaro alfinetou Doria, fiador da Coronavac. “Então está liberada a aplicação no Brasil. E a vacina é do Brasil, não é de nenhum governador não, é do Brasil”, disse a apoiadores