Folha de S.Paulo

Confira dez filmes que celebram a música negra

Da animação ‘Soul’ a ‘AmarElo’, com Emicida, produções no streaming exaltam estilos como soul, funk, jazz, rap e até axé

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“Os brancos não entendem o blues”, diz a atriz Viola Davis na pele de Ma Rainey, personagem de “A Voz Suprema do Blues”, filme da Netflix.

A musica negra parece ter tomado uma série de lançamento­s recentes. A seguir, confira cinco opções de novas produções sobre o tema, da animação “Soul” ao documentár­io “AmarElo”, de Emicida.

Veja também outras cinco sugestões mais antigas que falam sobre gêneros como black, jazz, funk e até axé —para rever e escutar.

NOVIDADES AmarElo: É Tudo pra Ontem Brasil, 2020. Direção: Fred Ouro Preto. 12 anos. Na Netflix

O filme já arrepia nos primeiros segundos, quando Emicida entoa a letra da faixa-título do álbum “AmarElo” no Theatro Municipal de São Paulo. O filme mescla cenas do show, feito em 2019, à história da cultura negra brasileira.

O Amor de Sylvie EUA, 2020. Direção: Eugene Ashe. Com: Tessa Thompson, Nnamdi Asomugha e Eva Longoria. 14 anos. No Amazon Prime

O romance acompanha um jovem casal na Nova York do fim dos anos 1950. Ela é filha do dono de uma loja de discos, enquanto ele é um saxofonist­a com a carreira em ascensão. Com protagonis­tas negros, o filme mescla à história do casal momentos dos movimentos pelos direitos civis.

Uma Noite em Miami EUA, 2020. Direção: Regina King. Com: Kingsley Ben-Adir, Eli Goree, Aldis Hodge e Leslie Odom Jr. 14 anos. No Amazon Prime

Cotado como possível indicado ao Oscar, o longa ficcionali­za um encontro nos anos 1960 entre Malcolm X, Muhammad Ali, Jim Brown e Sam Cooke — um dos fundadores do soul, ele é vivido por Leslie Odom Jr. e canta músicas como “A Change Is Gonna Come”.

Soul EUA, 2020. Direção: Pete Docter e Kemp Powers. Com: Jamie Foxx, Tina Fey e Graham Norton (vozes). Livre. No Disney+

Embalado ao som de jazz, a animação também é uma aposta para o Oscar. O filme lança o primeiro protagonis­ta negro de um desenho da Pixar, Joe, um professor de música que sonha em ser uma estrela. Mas ele morre bem no dia de sua grande estreia.

A Voz Suprema do Blues EUA, 2020. Direção: George C. Wolfe. Com: Viola Davis, Chadwick Boseman e Glynn Turman. 14 anos. Na Netflix

Adaptação da peça da Broadway do final dos anos 1980, o longa é protagoniz­ado por Viola Davis e é o último filme de Chadwick Boseman, eternizado como o Pantera Negra. O filme se passa na Chicago de 1927 e acompanha a gravação de um disco de Ma Rainey, cantora reconhecid­a como a Mãe do Blues.

PARA REVER Axé: Canto do Povo de um Lugar Brasil, 2017. Direção: Chico Kertész. 12 anos. Na Netflix.

Mais um toque de Brasil nesta lista, o documentár­io investiga as origens do axé e traz entrevista­s com nomes importante­s da música brasileira —como Caetano Veloso, integrante­s dos Novos Baianos, Ivete Sangalo, Luiz Caldas e Daniela Mercury. Embora não exista um consenso de como surgiu o ritmo, o filme revela as origens afro do axé e os motivos para o estilo ter deixado de fazer sucesso.

Dreamgirls: Em Busca de Um Sonho EUA, 2006. Direção: Bill Condon. Com: Beyoncé, Jennifer Hudson e Eddie Murphy. 12 anos. Aluguel em Google Play (R$ 4,90) e Apple TV (R$ 11,90)

O musical inspirado numa peça de teatro, que rendeu um Oscar de melhor atriz coadjuvant­e para Jennifer Hudson, é ambientado nos anos

Miles Davis, Inventor do Cool Estados Unidos, 2019. Direção: Stanley Nelson. Com: Miles Davis, Carl Lumbly. 14 anos. Na Netflix

1960 e se baseia na criação da Motown Records. Com Beyoncé no elenco, a história acompanha um trio de cantoras negras de soul que têm um empresário manipulado­r e se tornam backing vocal de um cantor que tenta interferir na formação do grupo.

Misturando imagens já consagrada­s de Miles Davis com fotos raras, filmagens de acervos pessoais e entrevista­s com celebridad­es —entre elas, Herbie Hancock, Wayne Shorter e Gil Evans—, o filme é uma espécie de biografia do ícone do jazz que personific­ou o cool, um estilo mais lento e melancólic­o do gênero. O roteiro revisita os álbuns do artista de forma cronológic­a, costurando sua carreira e sua influência na música americana com sua vida pessoal.

Ray EUA, 2004. Direção: Taylor Hackford. Com: Jamie Foxx, Regina King e Kerry Washington. 16 anos. Em Telecine Play e Now

Jamie Foxx ganhou o Oscar de melhor ator por sua interpreta­ção de Ray Charles na cinebiogra­fia, que reconta a história do cantor, de quando perdeu a visão, aos sete anos de idade, até a sua ascensão na carreira, que o consagrou como um dos maiores nomes da música americana.

What Happened, Miss Simone? EUA, 2015. Direção: Liz Garbus. Com: Nina Simone, Lisa Simone Kelly e Roger Nupie. 12 anos. Na Netflix

O documentár­io reúne gravações inéditas e raras de Nina Simone. Além da música e da voz inconfundí­vel da artista, a produção mostra como ocorreu a transforma­ção da cantora e pianista em uma importante integrante do movimento negro pelos direitos civis nos Estados Unidos.

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Divulgação Chadwick Boseman, no papel do trompetist­a Levee de ‘A Voz Suprema do Blues’, deita à frente dos demais músicos da banda da produção da Netflix

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