Belas Artes faz mostras com clássicos e inéditos para tentar atrair o público
Mesmo autorizados a voltar a funcionar com pessoas na plateia desde outubro do ano passado, os cinemas de São Paulo têm encontrado dificuldades para reconquistar os cinéfilos e convencê-los a sair de casa.
A pandemia e a agenda fraca de estreias são os principais motivos, avalia André Sturm, diretor do Petra Belas Artes.
Numa tentativa de atrair quem já se sente à vontade para sair ou está animado com as vacinas contra o coronavírus, o cinema resolveu dedicar uma de suas salas a mostras com títulos clássicos, premiados e inéditos no Brasil.
“Claro que tem uma parte da população que não sai de casa, mas tem quem saia. Mas, como não encontram opções atraentes, acabam não indo ao cinema”, acredita Sturm. “Pensamos que as mostras poderiam atrair essas pessoas para rever ou conhecer filmes.”
Nesta semana, está em cartaz uma mostra em homenagem aos 60 anos da atriz alemã Nastassja Kinski, que estrelou produções importantes como “Paris, Texas”, de Wim Wenders, e “Tess”, dirigido por Roman Polanski.
“Selecionamos quatro filmes bem representativos da carreira dela, desde ‘Movimento em Falso’, em que era uma adolescente, até ‘Tão Longe, Tão Perto’, em que já é madura —ambos dirigidos por Wenders”, conta Sturm.
Na semana seguinte, o público pode assistir a cinco dos melhores filmes do cinema tcheco, em mostra que relembra os 28 anos da dissolução da antiga Tchecoslováquia, país que produziu grandes obras na década de 1960.
Entre os títulos estão “Marketa Lazarová”, de Frantisek Vlácil, considerado o maior filme tcheco e que é inédito no circuito comercial brasileiro .
Desde que foi reaberto, o Petra Belas Artes adota medidas de segurança no local, como distanciamento e fornecimento de álcool em gel. Se decidir ir ao cinema, use mascara e respeite os protocolos.
Petra Belas Artes
R. da Consolação, 2.423, Consolação, região central. Ingr.: R$ 30, em cinebelasartes.com.br. Veja a programação em folha.com/guia