Restaurantes e centros de cultura terão novas restrições em São Paulo
Com o estado na fase vermelha nas noites e nos finais de semana, estabelecimentos atuarão em horário reduzido
Como resposta ao aumento de 42% nos casos de Covid-19 registrados no estado de São Paulo desde o começo do ano, o governador João Doria, do PSDB, determinou, nesta sexta-feira (22), que todas as cidades paulistas retornem para a fase vermelha do plano de quarentena. A medida vale de segunda (25) até o dia 7 de fevereiro e impacta diretamente o setor cultural e gastronômico de São Paulo.
A fase mais restritiva do plano do governo, no entanto, não será implementada todos os dias da semana, como aconteceu quando a quarentena foi decretada no estado. Ela passa a valer só aos sábados e domingos —ou seja, nos dias 30 e 31 de janeiro e 6 e 7 de fevereiro—, nos feriados e também no período entre 20h e 6h nos dias de semana.
Nesses períodos, os serviços não essenciais deixam de funcionar. Isso quer dizer que restaurantes, bares, cinemas, museus e centros culturais não poderão abrir as portas e eventos estarão proibidos.
Fora desses horários, a capital paulista funciona nos moldes da fase laranja, com os espaços autorizados a manter a ocupação de até 40% da casa, horário reduzido para até oito horas, público obrigatoriamente sentado em cadeiras com distanciamento mínimo —e assentos marcados, no caso das casas de cultura— além dos outros protocolos sanitários que já estavam em vigor.
As exceções são os bares, que não poderão funcionar com atendimento presencial e terão de ficar fechados.
Redes de cinema como a Cinemark, a Playarte, o Centerplex e a Cinépolis afirmaram que funcionarão de acordo com o novo decreto, com as grades adaptadas para encerrar a programação às 20h. A unidade do Centerplex da Lapa, porém, informou que não deve continuar as operações enquanto a fase vigorar.
O Cinesala, cinema de rua no bairro de Pinheiros, também se adaptará à fase vermelha. Já o Petra Belas Artes e a rede UCI não responderam sobre suas programações.
Entre os espaços culturais, o IMS Paulista funcionará de terça a sexta, das 12h às 18h, com as exposições dos fotógrafos Miguel Rio Branco e Maureen Bisilliat. Além da necessidade de agendamento, o centro segue com a capacidade reduzida e com outras medidas obrigatórias, como o uso de máscara e o preenchimento prévio de questionário sobre condições de saúde.
O Masp também terá alterações nos horários para o público a partir do próximo dia 25.
Às terças, o museu abrirá às 10h e fechará mais cedo, às 18h. No restante da semana, de quarta a sexta-feira, o funcionamento será das 13h às 19h, dando acesso às exposições “Beatriz Milhazes: Avenida Paulista”, “Degas”, “Sala de Vídeo: Mark Lewis” e “Acervo em Transformação”. Além disso, o museu também estará aberto, excepcionalmente, na segunda-feira (1º de fevereiro). O agendamento online continua sendo obrigatório e pode ser feito pelo site.
Na Japan House, o período de funcionamento passa a ser das 11h às 17h, de terça à sexta-feira. Mas, a partir do dia 2 de fevereiro, os visitantes poderão conferir uma nova exposição, a “DŌ: o caminho de Shoko Kanazawa”, sobre o shodo, caligrafia japonesa.
No MIS, a exposição em cartaz, “John Lennon em Nova York, por Bob Gruen”, terá os seus últimos dias de visitação antecipados. Antes prevista para encerrar no domingo (31), agora o público terá apenas de quarta (27) a sexta (29) —além deste final de semana (23 e 24). O horário de funcionamento é das 14h às 18h e os ingressos deverão ter de ser adquiridos pelo site do museu.
A Pinacoteca estará aberta para visitação de segunda a sexta, das 10h às 18h (com exceção das terças-feiras). Como as entradas para a exposição “Osgêmeos: Segredos” já estavam esgotadas até o dia 5 de fevereiro, quem havia agendado para os finais de semana da fase vermelha terá o ingresso cancelado e, se for o caso, ressarcido. Para visitar o restante do acervo, os ingressos podem ser retirados no site.
No CCBB, as exposições e sessões de cinema serão reagendadas e as atividades dos finais de semana serão canceladas e terão os valores estornados. O Theatro Municipal também adaptará a programação às medidas, mas ainda não anunciou nenhuma alteração nas datas.
O Teatro Bradesco não tinha agenda para janeiro e não precisou fazer alterações na programação. Os primeiros eventos do ano estavam previstos para começar em fevereiro e deverão ser reagendados. As novas datas dos espetáculos ainda não foram divulgadas.
O Teatro Alfa não respondeu à reportagem até o encerramento desta edição.