Empresas pedem aval para comprar 33 milhões de vacinas
Empresas privadas brasileiras negociam com o governo uma autorização para importar 33 milhões de doses da vacina de Oxford/Aztrazeneca. Segundo empresários, as tratativas ocorrem com o Ministério da Saúde. O plano é que a pasta edite um ato descrevendo as condições para a liberação. Pelo acordo em andamento, metade do total dos imunizantes seria doado ao SUS (Sistema Único de Saúde). O restante iria para funcionários e familiares das companhias que fazem parte da negociação.
DAR AS MÃOS
De acordo com quem está na articulação, estão no grupo para adquirir as vacinas ao menos 12 firmas, entre as quais a Gerdau. A ideia é aumentar o número de empresas incluir quem tiver interesse. Cada uma receberia o equivalente ao que comprou.
CONDUTOR
Os 33 milhões de doses —a unidade é estimada US$ 23,79— são a quantidade disponibilizada pela Aztrazeneca e poderiam chegar ao Brasil em fevereiro. Segundo empresários, a conversa com o farmacêutica é conduzida pelo grupo Dasa, que detém laboratórios.
DÚVIDA
No início do mês, o ministro Eduardo Pazuello (Saúde) disse que a prioridade seria o SUS e “uma vez supridas” as demandas do sistema, as empresas poderiam comprar vacinas disponíveis. Segundo empresários, o governo sinalizou que liberaria a importação. Procurado, o Ministério da Saúde não respondeu. A Dasa também não.
INVERSO
Estudo publicado pelo IPEA intitulado “A segunda onda da pandemia (mas não do distanciamento físico)” mostra que o aumento no número de casos e óbitos por Covid-19 não tem provocado o endurecimento de regras de isolamento pelos estados.
DECRESCENTE
Segundo a pesquisa, a taxa de rigor das medidas para evitar aglomerações caiu de 6,3 para 2,9 de abril a dezembro de 2020 em uma escala de 1 a 10 —queda de 54%—ao passo que as mortes subiram de 27 para 92 por milhão de habitantes.
TCHAU
Os engenheiros da Escola Politécnica da USP conseguiram 1.000 adesões em menos de cinco horas para um manifesto em que pedem o impeachment de Jair Bolsonaro. Eles criticam o presidente por debochar do novo coronavírus. O objetivo de quem organizou o texto é conseguir 5.000 assinaturas até poucos dias antes da eleição para a presidência da Câmara, no dia 1º de fevereiro.
SOL E LUA
A decisão de Gilmar Mendes, do STF, de suspender o julgamento sobre o foro adequado para investigar o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) foi mais uma que ofuscou o protagonismo da presidência do Supremo no recesso judiciário, comandado por Luiz Fux e Rosa Weber.
OLHOS FECHADOS
O juiz federal Carlos Eduardo Contar fez discurso negacionista na posse como presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Indiretamente, ele chamou as críticas a remédios como cloroquina de levianas. Disse que “se não curam, podem simplesmente no campo da possibilidade ajudar na prevenção ou diminuição do contágio.”
POR ELA
As integrantes da bancada feminina que querem Arthur Lira (PP-AL) como presidente da Câmara vão atuar pela indicação da deputada Margarete Coelho (PP-PI) para o STF. A parlamentar é chamada de “ministra” no grupo de WhatsApp das colegas.
POR ELA 2
As deputadas também escreveram nota de apoio a Daniela do Waguinho (MDBRJ), que decidiu apoiar Lira e foi criticada pelo MDB Mulher. No texto, que teve 27 assinaturas, elas reclamam de “agressões absurdas” à participação feminina na política e dizem que devem ser livres para ter preferências e lutar contra a “dominação masculina”.
DOBRA A APOSTA
Na tentativa de fazer o MDB desistir da candidatura de Simone Tebet (MS) à presidência do Senado, aliados de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), adversário da parlamentar, convenceram Davi Alcolumbre (DEMAP) a oferecer aos emedebistas a candidatura à vice-presidência da Casa.
ANÉIS E DEDOS
Alcolumbre disse aos pares que queria ser o número 2 do Senado, mas aceitou recuar para tentar frear o MDB. Integrantes do DEM estão otimistas e esperam que o senador Vital do Rêgo (PB) seja indicado vice de Pacheco.
O inquérito contra Pazuello está baseado em suas próprias ‘confissões’. Agora que foi pra Manaus, deveria só voltar de lá preso
Do deputado Orlando Silva (PC do B-SP), sobre o pedido da PGR para apurar se o ministro da Saúde foi omisso em na crise no Amazonas