Folha de S.Paulo

China atrai e vai se tornando ‘a economia indispensá­vel’

- Nelson de Sá nelson.sa@grupofolha.com.br

Na manchete do Wall Street Journal ao longo do domingo, “China ultrapassa Estados Unidos como destino número 1 para novos investimen­tos estrangeir­os” em 2020. Logo abaixo, “EUA ocuparam o primeiro lugar por décadas”.

Foi o foco principal de outros veículos financeiro­s, como CNBC, com a avaliação de que o presidente Xi Jinping, que abre o Fórum Econômico Mundial nesta segunda, “está posicionan­do a China como a economia indispensá­vel”.

Para o WSJ, os dados mostram que “a pandemia acentua a mudança no centro de gravidade da economia global” para a Ásia. Cita investimen­tos crescentes de Walmart, Tesla e Disney na China, em contrapont­o aos quatro anos de pressão da Casa Branca para as empresas americanas deixarem o país.

Os dados mostram que os novos investimen­tos externos caíram pela metade no Brasil, em linha com outras economias maiores da América Latina —com exceção do México, com queda inferior a 10%. biden & amlo O Council on Foreign Relations chegou a comparar o presidente do México a um “cachorro” rosnando para os EUA, no New York Times, mas o jogo pesado dos lobbies de Washington não funcionou e Joe Biden ligou para Andrés Manuel López Obrador. Abordaram imigração e comércio, com o americano prometendo rever as políticas “draconiana­s” de seu país. “O México é o maior parceiro comercial dos EUA” hoje, explicou a Bloomberg.

perdido na tradução Os ataques a AMLO em Washington se acentuaram depois que ele exigiu e obteve o retorno de um ex-ministro mexicano de defesa, preso nos EUA por suposta ligação com tráfico. Sites mexicanos e americanos, como Vice, tiveram acesso às evidências e apontaram erros primários de tradução dos investigad­ores americanos, em pontos centrais da acusação.

‘america first’ 2 O WSJ noticiou que Biden detalha nesta segunda a sua proposta “Compre [produto] Americano”, que “está sendo vista com desconfian­ça por outros países”. Em especial, pelo Canadá, já atingido pela recente suspensão do oleoduto Keystone pelo novo presidente. Também Trump teve o seu “Buy American”, sublinhou o jornal, questionan­do efeitos da iniciativa.

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