Folha de S.Paulo

Dois pastel e um chopes

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Apesar do endurecime­nto da quarentena em São Paulo e da restrição ao funcioname­nto de bares e restaurant­es, os principais clássicos gastronômi­cos da cidade seguem vivos; conheça 20 deles e saiba como provar o pernil do Estadão, o sanduíche de mortadela do Mercadão ou o beirute do Frevo na pandemia, tudo sem sair de casa

são paulo Dizem que um clássico é aquilo que nunca muda e segue sempre o mesmo modelo. Mas a quarentena fez muita unanimidad­e de São Paulo precisar se reinventar —ao menos na cozinha.

Na última sexta, dia 22, a capital teve o plano de quarentena endurecido. Restaurant­es podem funcionar com restrições até as 20h nos dias de semana. Depois disso, até as 6h da manhã seguinte, são impedidos de receber clientes.

Aosfinsdes­emanaenofe­riado desta segunda-feira, dia 25, aniversári­o da cidade, os lugares também estarão fechados como medida de prevenção contra a pandemia. A solução foi apostar no delivery.

Mesmo receitas que se tornaram famosas e até viraram pontos turísticos de São Paulo, ajudando a contar seus 467 anos, tiveram de turbinar suas versões para entrega ou retirada. A seguir, conheça 20 desses clássicos e como pedir cada um para comer em casa. Isabel Lewer e Marina Consiglio

ARAIS DO CARLINHOS

A fim de uma esfiha, mas só com pão sírio à mão, o armênio Missak Yaroussali­an improvisou um sanduíche recheado com cafta, preparado na grelha. E gostou. Conhecido como Carlinhos, o cozinheiro passou a distribuir o lanche para a clientela do restaurant­e que tocava no Pari, na região central, desde 1971. O público também embarcou na ideia. Hoje, o arais tem até casa própria, batizada de Arais do Carlinhos, com versões da receita a partir de R$ 14.

R. Carlos Weber, 275, Vila Leopoldina. Delivery p/ tel. (11) 3645-1124 ou WhatsApp (11) 97640-3263, iFood ou Rappi, de ter. a dom.: 18h às 22h

BAURU DO PONTO CHIC

Está enganado quem pensa que o bauru já nasceu composto por presunto, queijo e tomate, como normalment­e é encontrado por aí e como ficou conhecido. Criado em 1937 no balcão do Ponto Chic, no largo do Paissandu, por um cliente da cidade do interior paulista, o sanduíche surgiu como uma combinação de rosbife, tomate, pepino em conserva e uma mistura de quatro queijos fundidos em banho-maria, tudo acomodado no pão francês —formato em que ainda é servido por lá. Não demorou para virar o principal produto da casa, que faz cem anos em 2022. O sanduba custa R$ 28,90, mas nesta segunda,dia25,saiporR$21,90 —apenas no delivery.

Lgo. Paissandu, 27, região central, tel. (11) 3222-6528. Seg. a sex.: 12h às 18h. Delivery p/ tel. (11) 3222-6528, iFood ou Uber Eats, de seg. a dom.: 12h às 23h

BEIRUTE DO FREVO

É verdade que o Frevo não criou o beirute. Mas é inegável que a casa e suas variações para o sanduíche tornaram a receita famosa em São Paulo. A forma clássica, que compõe o cardápio da lanchonete desde a sua inauguraçã­o, em 1956, é uma versão do tradiciona­l bauru ao estilo do Ponto Chic (saiba mais acima), mas preparada no pão sírio e com um diferencia­l —a ida ao forno. As opções foram crescendo de acordo com as vontades e sugestões da clientela, a ponto de o menu trazer hoje 17 opções para o recheio, incluindo uma vegetarian­a (a partir de R$ 28,60) e uma com carpaccio (a partir de R$ 30).

R. Oscar Freire, 588, Cerqueira César, região oeste. Seg. a sex.: 11h45 às 20h. Delivery via iFood, de seg. a dom.: 11h45 às 23h30

BOLOVO DO BOCA DE OURO

Apesar do sucesso nos botecos paulistano­s , a origem deste salgado feito com ovo e carne moída atravessa o oceano e chega ao Reino Unido, onde é conhecido como scotch egg. Com o passar dos anos, rompeu o limite das estufas e alcançou bares mais moderninho­s, que incrementa­ram a receita ou a aproximara­m da original, sem a massa. Uma das autoridade­s no quesito é o bar Boca de Ouro. O salão está fechado por causa do Plano São Paulo, que rege a quarentena no estado, mas o bolovo (R$ 16) continua no delivery —e chega com a gema do ovo levemente mole, a carne rosada e suculenta, a casquinha crocante e um molho rosé levemente apimentado para completar.

R. Con. Eugênio Leite, 1.121, Pinheiros, região oeste. Delivery p/ tel.

(11) 4371-3933 (também WhatsApp), via iFood ou Rappi, de ter. a sáb.: 18h às 22h. Oferece retirada no local

CAJU AMIGO DO JIQUITAIA

O cultivo do caju não é comum em São Paulo, mas nasceu na cidade um dos drinques que mais valorizam o ingredient­e, chamado de caju amigo. A criação é de 1974 e de autoria do barman Guilhermin­o Ribeiro dos Santos, do bar Pandoro, fechado em 2011. O nome veio depois de tanto pedirem “um caju, amigo”. Agora, é possível encontrar releituras em outros pontos da cidade, caso do Jiquitaia. O restaurant­e serve o coquetel no local ou no serviço de delivery, em versão engarrafad­a. Por ali, a receita leva cachaça, compota e suco de caju natural, além de limão, e custa R$ 27.

R. Cel. Oscar Porto, 808, Paraíso, região sul, tel. (11) 3051-5638. Ter. a sex.: 12h às 15h. Delivery via Rappi. Seg. a sex.: 18h às 21h. Sáb. e dom.: 12h às 21h

CANNOLI DA DI CUNTO

Clássica casa do famoso reduto italiano em São Paulo, a Mooca, a Di Cunto funciona desde 1935 e virou referência na produção de doces típicos trazidos para o Brasil pelos imigrantes. Uma das estrelas são os cannoli (R$ 13 a unidade), os canudos de massa crocante e sequinha recheados por cremes de sabores variados. O mais tradiciona­l é o de creme, que vem com recheio generoso. Para quem é fã de comidas bem açucaradas, a dica é a versão com doce de leite.

R. Borges de Figueiredo, 61/103, Mooca, região leste, tel. (11) 2081-7100. Encomendas p/ dicunto.com.br ou p/ WhatsApp (11) 99656-2332. Delivery via iFood, de ter. a dom.: 10h às 18h

CHOPE DO BAR BRAHMA

Copo e temperatur­a apropriado­s, três dedos de colarinho e uma equipe específica para tirar a bebida e servir —isso faz parte da receita dos 50 mil chopes que saem a cada mês do balcão do bar e transforma­m o pedido em um clássico paulistano. A aura de atração turística é composta ainda por 72 anos de história, localizaçã­o na esquina da Ipiranga com a São João, imortaliza­da por Caetano Veloso, além de boa programaçã­o musical e gastronomi­a de boteco. “Antes de abrir o cardápio, o público já chega pedindo um chope”, conta Alex Martins, gerente do local. No salão, as bebidas custam R$ 9,99. Se a ideia é não sair de casa, a opção é o growler (R$ 35 o litro), que conserva gás e temperatur­a.

Av. São João, 677, região central, tel. (11) 2039-1250. Seg. a sex.: 12h às

20h. Delivery via deliveryba­rbrahma. deliveryem.casa, WhatsApp (11) 947464866, iFood, Rappi ou Uber Eats, de ter. a dom.: 17h30 à 1h. Possui retirada no local

COXA CREME DA PADARIA SANTA TEREZA

A iguaria de origem portuguesa está entre as receitas mais populares da Padaria Santa Tereza, a mais antiga do Brasil em funcioname­nto. Inaugurada em 1872, a casa fica na praça João Mendes, vizinha ao cinquenten­ário sebo do Messias, atrás da catedral da Sé. O quitute, que custa R$ 8,80, consiste em uma coxa de frango com osso, coberta por um creme e depois frita. O preparo é mantido em segredo e é uma das receitas mais bem guardadas de São Paulo.

Pça. Dr. João Mendes, 150, Sé, região central, tel. (11) 3111-1030. Seg. a sex.: 6h às 20h. Delivery via iFood, de seg. a sex.: 6h às 20h; sáb.: 6h às 18h; dom.: 8h às 16h. Oferece retirada no local

COXINHA DO VELOSO

Antes da pandemia, cerca de 40 mil coxinhas por mês saíam da cozinha do bar. A versão da receita foi criada ali mesmo, logo depois do nascimento da casa, em 2005. Uma equipe faz o preparo diário, sem precisar congelar os salgados, o que é um dos segredos para o gosto de coxinha de avó. Para seguir à risca a tradição e manter o sabor, o bar descartou o delivery na quarentena —elas só podem ser retiradas ou comidas lá, a um preço de R$ 5,50 cada uma (ou R$ 33 o pacote com seis). Para molharaboc­a,amelhorped­ida éacaipirin­hadetrêsli­mões (R$ 20), que se tornou outro clássico da casa.

R. Conceição Veloso, 54, Vila Mariana, região sul, s/tel. Ter. a sex.: 16h às 20h. Oferece retirada no local (seg., dia 25, e ter. a dom.: 16h às 22h)

DADINHO DE TAPIOCA DO MOCOTÓ

A origem da tapioca é atribuída ao litoral pernambuca­no de Olinda no século 16 — mas foi em São Paulo que a goma de mandioca se transformo­u num petisco frito, com adição de leite e queijo de coalho para ganhar a forma de um cubinho. Se hoje não é difícil encontrar um cardápio que não tenha o quitute, agradeça ao chef Rodrigo Oliveira, do Mocotó, criador da receita. Por ali, os dadinhos chegam crocantes por fora e macios por dentro, sempre acompanhad­os de um molho de pimenta agridoce (R$ 28,90 com 12).

Av. Nossa Senhora do Loreto, 1.100, Vila Medeiros, região norte, tel.

(11) 2951-3056. Seg. a sex.:

12h às 20h. Delivery via iFood. Reserva p/ mocoto.com.br

DOGÃO COM PURÊ DO BLACK DOG

Tão polêmica quanto a mania carioca de usar ketchup na pizza, a introdução paulistana do purê de batata no cachorro-quente deixa os puristas do pão e salsicha de cabelos em pé. Mas a gastronomi­a paulistana não costuma ver limites no lanche, criando combinaçõe­s que vão do podrão ao gourmet. Uma dica para explorar os dois extremos é o Black Dog, que permite 16 ingredient­es no sanduíche (entre R$ 9 e R$ 28).

R. Coelho Lisboa, 363, Cidade Mãe do Céu, região leste, tel. 3854-6740. Somente delivery p/ tel. ou via iFood, Rappi ou Uber Eats, de seg. e ter.: 11h30 às 23h; qua. e qui.: 11h30 às 23h30; sex. e sáb.: 11h30 à 1h; dom.: 18h às 23h30. Possui retirada no local

MÉDIA E PÃO NA CHAPA DA BELLA PAULISTA

Apesar de ter sido o carioca Noel Rosa quem registrou na música “Conversa de Botequim” o amor pelo combo café com leite e pão na chapa, a cena é a rotina dos paulistano­s. Na canção, o compositor pede que o garçom se apresse em trazer “uma boa média que não seja requentada” e “um pão bem quente com manteiga à beça”. Na padaria Bella Paulista, a combinação pão na chapa (R$ 3,90) e média (R$ 8), que ajuda a pôr muita gente de pé pela manhã, é servida 24 horas por dia.

R. Haddock Lobo, 354, Cerqueira César, região oeste, tels. (11) 31298340, (11) 3214-3347. Seg. a sex.: 6h às 20h. Delivery p/ tel, iFood ou via app Bella Paulista (seg. a dom.: 24 horas)

MIL-FOLHAS DA CONFEITARI­A DAMA

Clássico da confeitari­a francesa, o quitute consiste em camadas de massa folhada e crème pâtissière, à base de leite, açúcar, gemas e baunilha. Em São Paulo, a Confeitari­a Dama é uma das grandes responsáve­is por divulgar o doce, exibido nas vitrines com destaque por ser o xodó da casa. Lá, o mil-folhas é servido na versão tradiciona­l, com creme de baunilha, e também com recheio de doce de leite, numa receita que combina sabores franceses e brasileiro­s (R$ 18,50, CADA UM).

R. Ferreira de Araújo, 376, Pinheiros, região oeste, tel. (11) 5182-5088.

Seg. a sex.: 8h30 às 19h. Delivery via iFood, Goomer e WhatsApp (11) 97095-3888. Possui retirada no local

PARMIGIANA DO JHONY’S

Apesar do nome, o bife à parmigiana, é criação brasileira —mas com grande influência italiana, é claro. Uma das opções mais famosas do centro da capital é a do Jhony’s, que tem unidades espalhadas pelo bairro de Santa Cecília. Com opções de frango, contrafilé, filé-mignon, peixe e berinjela e preços que partem de R$ 50,50, o prato chega à mesa com uma quantidade generosa de mozarela regada com molho de tomate, além de acompanhar arroz e fritas. A dica é pedir o prato individual, que serve tranquilam­ente duas pessoas.

R. Canuto do Val, 241, Vila Buarque, região central, tel. (11) 3825-1414. Seg. a sex.: 8h às 20h. Delivery via iFood, Uber Eats e Whatsapp (11) 98847-8739

PASTEL DA MARIA

Ir à feira comer pastel poderia estar no hino de São Paulo —ao menos antes da pandemia. O Pastel da Maria, que em 2009 venceu o título de melhor de São Paulo num concurso realizado pela prefeitura, é reconhecid­o por ser sequinho e crocante. O salgado pode ser encontrado em seis feiras pela cidade, incluindo a tradiciona­l do Pacaembu. As barraquinh­as servem os sabores tradiciona­is, mas também alguns mais diferentes, como o Da Japa, que inclui na receita shimeji e shiitake e custa R$ 8. Até a conclusão desta edição, a casa não havia confirmado o funcioname­nto presencial a partir do dia 26.

Feira do Pacaembu - pça. Charles Miller, ter., qui. e sex.: 7h às 14h30. Pastelaria: r. Fradique Coutinho, 580, Pinheiros, tel. (11) 23737071. Seg. a sex.: 11h às 20h

PIZZA DA CASTELÕES

Quase centenária, a pizzaria mais antiga da capital paulista mantém os segredos da cozinha passados de geração para geração. Quando surgiu, em 1924, era comandada por uma dupla de imigrantes italianos que serviam receitas com massas preparadas ao estilo de Nápoles, com fermentaçã­o lenta e bordas mais altas. O maior sucesso leva linguiça calabresa feita artesanalm­ente na pizzaria, mozarela e molho de tomate. A criação foi batizada com o nome da casa, Castelões, e custa R$ 98. De tão icônica, a receita se espalhou e ganha esse nome até na concorrênc­ia.

R. Jairo Góis, 126, Brás, região leste, tel. (11) 3229-0542. Delivery via iFood, de ter. a dom.: 18h às 24h

SANDUÍCHE DE MORTADELA DO BAR DO MANÉ, NO MERCADÃO

Talvez o mais famoso dos lanches da capital, o sanduíche de mortadela se tornou parada quase obrigatóri­a numa visita ao Mercadão. São várias as lojas que vendem a receita, mas a clássica mesmo é a do Bar do Mané, que completa 88 anos neste dia 25. Marco Antônio Loureiro, da terceira geração da casa, conta que a fama veio depois que os produtos deixaram de ter o preço tabelado pela Sunab, a Superinten­dência Nacional de Abastecime­nto. Nessa época, seu pai, Manoel, passou a cobrar mais pela receita. “Daí os clientes começaram a brincar que, se o preço aumentou, o lanche também deveria crescer”, diz. “Então ele fez duas versões no cardápio —uma com menos recheio e outra mais recheada, que foi crescendo cada vez mais com o tempo”, explica. A opção mais vendida é a que combina o embutido com queijo prato, servido quente (R$ 33). Até a conclusão desta edição, a casa não confirmou o funcioname­nto a partir desta terça.

Mercado Municipal - r. da Cantareira, 306, rua E, box 14, região central. Seg. a sex.: 5h30 às 17h.

Delivery via iFood ou Uber Eats. Oferece retirada no local

SANDUÍCHE DE PERNIL DO ESTADÃO

Pão francês, pernil e molho especial. Apenas três ingredient­es formam o sanduíche que é o carro-chefe do Bar e Lanches Estadão, servido desde a inauguraçã­o do espaço, em 1968. Também é possível incrementa­r a receita clássica, que custa R$ 49,90, com queijos, abacaxi e até aliche. Com a quarentena e as restrições impostas pela prefeitura, atualmente a casa funciona 24 horas apenas no delivery, já que o atendiment­o presencial no balcão teve o seu horário reduzido por causa dos protocolos de segurança. Mas, pelo menos na entrega, o lanche segue salvando muitas fomes na madrugada.

Vd. Nove de Julho, 193, Centro, região central. Seg. a sex.: 6h às 20h. Delivery via iFood, de seg. a dom.: 24 horas. Oferece retirada no local

SHAWARMA DO SYRIA

Há alguns anos, começaram a pipocar na cidade locais que exibiam espetos com camadas de carne ou frango girando contra uma grelha vertical. A popularida­de coincidiu com o aumento de imigrantes e refugiados de países de cultura árabe na capital paulista. As carnes preparadas dessa forma são o recheio do shawarma, sanduíche servido no pão sírio e acompanhad­o de temperos e molho de alho. No restaurant­e Syria, do libanês Ahmad Merhi —também conhecido como Vovô Ali, que empresta o nome a outros restaurant­es da região—, o sanduíche ganhou ares de clássico com versão que é suculenta por dentro e tostadinha por fora. Cada um custa R$ 26.

Av. São João, 1.248, República, região central. Seg. a sex.: 12h às 20h. Delivery p/ tel. (11) 3222-2401 ou WhatsApp (11) 95333-3338. Oferece retirada no local

VIRADO À PAULISTA DO SALADA RECORD

Imortaliza­do como o prato do paulistano das segundasfe­iras, o virado à paulista foi reconhecid­o como patrimônio cultural imaterial do estado. Sua origem remete à época das monções e bandeiras, quando já se comia o feijão engrossado com farinha e o toucinho. Com o tempo, a receita ganhou corpo e hoje é preparada também com arroz, bisteca, torresmo, couve, ovo frito, banana e linguiça. Uma das versões mais conhecidas é a do Salada Record, servida há 62 anos no centro. Por ali, o virado sai diariament­e. Além da versão clássica, com bisteca (a partir de R$ 24), também há opções com churrasco, contrafilé, picanha e frango.

Av. São João, 719, República, região central, tel. (11) 3223-1881. Seg. a seg.: 12h às 20h. Delivery p/ tel. ou via iFood

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