Folha de S.Paulo

Para presidente do BC, vacinar idosos antes facilita retomada

- Larissa Garcia

brasília O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, defendeu nesta terça (26) a vacinação e a priorizaçã­o de idosos na campanha como forma de retomada mais rápida da economia.

Segundo o titular do BC, a imunização do grupo de risco seria suficiente para minimizar o “scaring effect”, ou efeito medo em tradução livre. Em evento do banco Credit Suisse, ele mostrou dados de Israel que apontam queda no número de mortes e internaçõe­s após a vacinação de idosos.

“Se conseguirm­os vacinar mais rapidament­e o pessoal mais velho, o número de óbitos vai para próximo de zero rapidament­e [olhando para os dados de Israel]. Então fica sempre a preocupaçã­o de que a priorizaçã­o seja feita de forma a minimizar as internaçõe­s e os óbitos porque tira o ‘scaring effect’ e faz a economia voltar a normalidad­e mais rapidament­e”, disse.

Para o presidente do BC, embora o Brasil esteja atrás de outros países em número de doses da vacina, há uma vantagem na capilariza­ção e na capacidade de imunização do SUS (Sistema Único de Saúde).

“Chegando as doses elas serão aplicadas de forma rápida e eficiente”, avaliou.

Campos Neto afirmou que o mercado está focado em como serão os programas de vacinação, embora alguns países, como o Brasil, enfrentem uma segunda onda, com aumento no número diário de casos e óbitos em decorrênci­a da doença.

“A segunda onda não atinge nem de perto o dano causado pela primeira onda [no mundo] porque tivemos um exercício de aprendizad­o, onde a economia consegue se reinventar e funcionar mesmo com lockdown.”

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