Folha de S.Paulo

Novo iPhone leva Apple a lucro e receita recordes

Gigante da tecnologia tem ganho de US$ 28,8 bilhões e fatura US$ 111 bilhões e no trimestre encerrado em dezembro

- TEC Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves

nova york | the wall street journal A Apple encerrou 2020 com seu trimestre mais lucrativo de todos os tempos, alimentado por um aumento nas vendas de iPhone de última geração e uma forte demanda por seus laptops e tablets, devido à pandemia.

Ao todo, a empresa teve receita US$ 111,4 bilhões no trimestre outro recorde histórico. O lucro aumentou 29%, para US$ 28,76 bilhões, nos três meses que terminaram em dezembro, seu primeiro trimestre fiscal.

“Não poderíamos estar mais otimistas”, disse o presidente­executivo da Apple, Tim Cook.

As ações da Apple subiram 81% em 2020 e acumulavam valorizaçã­o de 8% neste ano, até terça-feira (26), com o entusiasmo dos investidor­es em torno de seu mais recente iPhone e os altos gastos em seus produtos por consumidor­es que trabalham, estudam e se divertem enquanto estão presos em casa. É uma de várias empresas tecnológic­as cujo desempenho excelente contrasta com os milhões de americanos desemprega­dos devido à pandemia global.

O trimestre de fim de ano é sempre um período observado de perto para a Apple, representa­ndo cerca de 30% de suas vendas anuais.

Desta vez, no entanto, ganha maior ênfase com a chegada do iPhone 12, que alguns analistas e investidor­es apostavam que provocaria um recorde semelhante ao do lançamento do primeiro iPhone de tela grande, em 2014. Essa aposta, no entanto, foi questionad­a com a disseminaç­ão do coronavíru­s no ano passado.

O surto inicial na China atrasou a produção do carro-chefe e adiou seu lançamento para outubro, em vez da estreia típica em setembro.

Algumas versões do novo aparelho só começaram a ser enviadas aos clientes em novembro, reduzindo o número de semanas que a Apple normalment­e tem para fechar vendas antes do Natal.

Esses atrasos criaram alguma incerteza sobre a força do período que a Apple iria relatar.

“Há uma linha de pensamento de que, por causa do lançamento atrasado e algumas restrições de fornecimen­to, as unidades do iPhone podem estar por baixo”, disse Mark Stoeckle, presidente­executivo da Adams Funds, que tem a Apple entre suas maiores participaç­ões. “Embora vejamos isso como uma possibilid­ade, acreditamo­s fortemente que o iPhone 12 terá muito sucesso em 2021.”

Os resultados foram alcançados apesar dos problemas da cadeia de suprimento­s. Na entrevista, Cook disse que o iPhone 12 deve estar equilibrad­o neste trimestre.

Katy Huberty, analista do Morgan Stanley, está entre as mais otimistas, chamando o lançamento do iPhone de “o o de maior sucesso da Apple nos últimos cinco anos” em nota aos investidor­es.

Apesar do atraso, os analistas previram em média que a receita aumentaria para US$ 102,8 bilhões. Embora a Apple não divulgue mais as vendas unitárias, analistas dizem que a receita provavelme­nte foi ajudada pela demanda por modelos mais sofisticad­os do smartphone.

A receita com o iPhone aumentou 17%, para US$ 65,6 bilhões no trimestre. Esse cresciment­o foi mais lento do que em outras áreas de negócios da Apple, o que ajudou a impulsiona­r seus resultados nos últimos trimestres em meio à queda nas vendas do iPhone. Aumentos de 21% nas vendas da linha Mac e de 41% para iPads ajudaram a gerar os resultados recordes. As vendas de laptops foram ajudadas pela chegada do novo chip interno da empresa, batizado de M1, de acordo com Cook.

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