Santos já superou Boca Juniors e Peñarol em finais continentais
são paulo A partida do próximo sábado (30), contra o Palmeiras, no Maracanã, será a quinta decisão de Libertadores com a participação do Santos. O clube alvinegro tem um histórico de conquistas na principal competição sul-americana, algo que pretende ampliar nesta semana.
Bicampeão no tempo de Pelé, o time voltou a uma final de Libertadores quatro décadas depois, em 2003, mas a geração de Diego e Robinho deixou o título escapar na decisão contra o Boca Juniors. Chance que Neymar, em 2011, não desperdiçou. Relembre como o Santos se saiu em suas quatro finais de Libertadores:
1962: Confusão com Peñarol
O Santos avançou à decisão pela primeira vez em 1962, em uma campanha na qual chegou a fazer 9 a 1 no Cerro Porteño (PAR). Também ficaram para trás Deportivo Municipal (PER) e Universidad Católica (CHI) até a final contra os uruguaios do Peñarol.
No primeiro jogo, no Centenário, em Montevidéu, a equipe dirigida por Lula venceu por 2 a 1, com dois gols de Coutinho. A segunda partida, na Vila Belmiro, teve festa dos alvinegros, que se julgavam campeões com o empate por 3 a 3, obtido com um gol de Pagão no final do jogo.
Houve uma grande confusão no gramado, no entanto, quando o placar apontava 3 a 2 para os uruguaios. E o árbitro registrou na súmula que esse foi o marcador final, tendo dado falsa sequência à partida apenas para evitar uma revolta da multidão.
Depois de muito protestar, o Santos topou jogar uma terceira partida, em campo neutro, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Vitória santista por 3 a 0, com dois gols de Pelé, que não havia disputado os duelos anteriores.
1963: Bi em La Bombonera
Como defensor do título, o clube paulista entrou na disputa já na semifinal, contra o Botafogo. Com um empate por 1 a 1 no Pacaembu e um triunfo por 4 a 0 no Maracanã, os comandados do técnico Lula avançaram para a decisão diante do Boca Juniors.
No jogo de ida, no Maracanã, e o Santos chegou a abrir três gols de vantagem. Sanfilippo, porém, fez dois e os argentinos voltaram para casa com uma derrota por 3 a 2.
Em La Bombonera, Sanfilippo voltou a marcar, abrindo o placar. Mas Pelé deu um bom passe para Coutinho empatar e, depois de encarar a marcação na entrada da área, definiu a vitória por 2 a 1.
2003: Boca Juniors dá o troco
O Boca Juniors precisou esperar quatro décadas, mas teve sua vingança contra o Santos em uma final de Libertadores. Foi em 2003, quando o jovem time alvinegro foi à decisão liderado pelos garotos Diego e Robinho, campeões brasileiros na temporada anterior.
A formação alvinegra ficou em primeiro lugar em sua chave, que tinha também América de Cali (COL), El Nacional (EQU) e 12 de Octubre (PAR). Nos mata-matas, deixou para trás Nacional (URU), Cruz
Azul (MEX) e Independiente Medellín (COL), mas sucumbiu diante do rival argentino.
Em Buenos Aires, o Santos perdeu por 2 a 0, dois gols de Marcelo Delgado. Na volta, no Morumbi, tomou um gol de Carlitos Tevez que praticamente definiu o confronto.
O zagueiro Alex chegou a empatar, mas a reação não foi além disso. Delgado e Schiavi, de pênalti, fecharam o placar do embate contra os comandados de Emerson Leão.
2011: 2º round contra Peñarol
O caminho para o tri começou com dificuldades. O Santos, que já contava com o talento do garoto Neymar, assegurou apenas na última rodada do Grupo 5 a classificação em segundo lugar, atrás do Cerro Porteño (PAR). Foram eliminados Colo-Colo e Deportivo Táchira (VEN).
Nos mata-matas, o time dirigido por Muricy Ramalho derrubou América (MEX), Once Caldas (COL) e Cerro Porteño antes de reencontrar o Peñarol, seu adversário na final de 1962. Mais uma vez, o confronto foi bastante tenso.
No Centenário, o duelo terminou sem gols. No Pacaembu, Neymar e Danilo deixaram a conquista bem encaminhada. Os visitantes chegaram a descontar, em gol contra de Durval, mas não tiveram força para evitar a derrota por 2 a 1.
O jeito foi apelar. Após o apito final, derrotados na bola, os atletas do Peñarol partiram para a briga, sem que isso impedisse a festa esperada pelos santistas por quase 50 anos.