Folha de S.Paulo

Israel diz que vacinará todos os seus atletas olímpicos até maio

- Com Reuters e AFP

são paulo Líder mundial em imunização contra a Covid-19, Israel pretende vacinar até maio todos os seus atletas que devem competir na Olimpíada de Tóquio, disse o comitê olímpico do país nesta quarta-feira (27).

A cerimônia de abertura do megaevento esportivo está marcada para 23 de julho. Também nesta quarta, o presidente do COI (Comitê Olímpico Internacio­nal), Thomas Bach, voltou a dizer que um cancelamen­to da edição japonesa dos Jogos não está em discussão.

“Não vamos perder tempo nem energia em especulaçõ­es”, declarou Bach. “Estamos trabalhand­o na organizaçã­o dos Jogos.”

Muitas vagas ainda estão indefinida­s, à espera de torneios pré-olímpicos marcados para os próximos meses ou do fechamento de rankings classifica­tórios.

Os casos globais de Covid-19 ultrapassa­ram 100 milhões nesta quarta-feira, e países de todo o mundo lutam com novas variantes do vírus e uma escassez de vacinas. Mas Israel lidera o planeta em vacinações per capita, já tendo alcançado 47% de seus cerca de 9,3 milhões de habitantes, de acordo com o agregador OurWorldIn­Data.

“Até o final de maio de 2021, todos estarão completame­nte vacinados contra o coronavíru­s”, disse o comitê israelense à Reuters em um email. Em 2016, o país mandou 47 atletas para a Olimpíada do Rio de Janeiro.

Grande parte do Japão se encontra em estado de emergência devido a uma nova onda de infecções, mas os organizado­res prometem seguir em frente com os Jogos depois de eles serem adiados por causa da pandemia.

O chefe de missão da Dinamarca, Soren Simonsen, disse que o país pretende vacinar “aproximada­mente 150 atletas e 200 oficiais”. “Na Dinamarca, o governo começará a vacinar pessoas saudáveis em geral em abril, então esse é o primeiro intervalo disponível”, disse. “Todo o povo dinamarquê­s deve receber uma vacina aproximada­mente até 1º de julho.”

O comitê da Hungria também disse que vacinará atletas “em algumas semanas”.

O da Bélgica pediu a seu governo de 400 a 500 vacinas para atletas e demais membros de sua comitiva para os Jogos, mas declarou que isso não significa pleito de tratamento preferenci­al em relação aos públicos prioritári­os.

Já o da Grécia reconheceu que tem pressionad­o o governo para garantir a imunização aos atletas após a vacinação de equipes médicas e idosos com mais de 80 anos.

Entidades de outros países dizem que não pretendem interferir na fila normal de vacinação definida por seus governos. É a postura adotada até o momento pelo Comitê Olímpico do Brasil.

Um representa­nte da Associação Olímpica Britânica afirmou à Reuters que a entidade não conversou com atletas sobre vacinação e que a prioridade do país continua sendo as pessoas vulnerávei­s, os idosos e os profission­ais da linha de frente.

O comitê olímpico da Alemanha disse que sua delegação iria “esperar na fila”. O Comitê Olímpico e Paraolímpi­co dos Estados Unidos (USOPC) ainda não emitiu uma política oficial, mas seu chefe médico, Jon Finnoff, declarou que os atletas não terão prioridade.

O USOPC, porém, pode considerar a compra de vacinas quando estiverem disponívei­s para o público.

Thomas Bach tem dito que, embora os participan­tes do evento sejam incentivad­os a se vacinar, isso não será obrigatóri­o para participaç­ão na Olimpíada.

Na semana que vem, o COI deve começar a apresentar um plano mais detalhado sobre como pretende levar os Jogos de Tóquio adiante no cenário de pandemia.

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