Folha de S.Paulo

Brasileiro­s e Argentinos já protagoniz­aram finais nacionais no continenta­l

- Luciano Trindade

são paulo A Libertador­es só teve três finais entre times do mesmo país. No sábado (30), às 17h, no Maracanã, Palmeiras e Santos farão o quarto embate caseiro que vai definir o campeão do torneio.

Em 2005, o São Paulo venceu o Athletico na primeira final desse tipo. Em 2006, foi a vez de o time tricolor perder do Internacio­nal.

De 2007 a 2016, a Conmebol criou uma regra para impedir decisões entre equipes do mesmo país, forçando confrontos entre elas até as semifinais. A entidade voltou atrás em 2017. No ano seguinte, Boca Juniors e River Plate brigaram pelo título. Veja como foram as finais entre times do mesmo país:

2005: 1º tricampeão do Brasil

Na primeira final entre times do mesmo país na Libertador­es, o São Paulo foi o primeiro brasileiro a conquistar o tricampeon­ato do torneio —feito alcançado depois por Santos e Grêmio.

Com goleada de 4 a 0 sobre o Athletico, no Morumbi, o tricolor igualou o placar mais elástico já ocorrido em finais da competição, também aplicado pelo Boca Juniors (ARG) sobre o Deportivo Cali (COL), em 1978.

No jogo de ida, houve empate por 1 a 1, no Beira-Rio, em Porto Alegre —o Athletico não jogou em seu estádio, que não atendia à capacidade de público exigida pela Conmebol para a final.

2006: Enfim, Internacio­nal

Em busca de seu quarto título, o São Paulo era favorito na final da Libertador­es de 2006 diante do Internacio­nal, que em sua segunda decisão no torneio ainda sonhava com o título inédito.

A manutenção da base que havia levado o caneco no ano anterior, com nomes como Lugano, Mineiro, Josué, Danilo e com Ceni no auge de sua forma, dava aos tricolores a confiança de que seria possível repetir o feito de 1992 e 1993, quando foram bicampeões consecutiv­os.

O cenário foi desconstru­ído pelos gaúchos no jogo de ida, na capital paulista. Com dois gols de Rafael Sóbis, o Inter venceu por 2 a 1.

Para os são-paulinos, o vilão foi Josué, expulso aos dez minutos de jogo, por dar uma cotovelada em Sóbis. Mesmo que o Inter também tenha ficado com um a menos, com a expulsão de Fabinho, Josué acabou marcado.

No jogo de volta, o Inter tinha vantagem do empate para ser campeão. Chegou a ficar à frente duas vezes, com gols de Fernandão e Tinga, mas Fabão e Lenílson empataram. O 2 a 2, porém, garantiu a festa dos colorados.

2018: Libertador­es em Madri

Os rivais argentinos River Plate e Boca Juniors cruzaram o Atlântico para decidir a Libertador­es de 2018, única da história não definida em solo sul-americano.

Depois de um empate em 2 a 2 acirrado em La Bombonera, a decisão seria no Monumental de Núñez.

A caminho do estádio, o ônibus da delegação do Boca foi apedrejado por torcedores do River, o que obrigou a Conmebol a adiar a final.

Para evitar novas cenas de confronto, a entidade não só mudou a data da final, como o país. O duelo acabou transferid­o para o estádio do Real Madrid, na Espanha.

Mesmo contrariad­o por não jogar em casa, o River Plate lavou a alma. De virada e com dois gols na prorrogaçã­o, a equipe de Marcelo Gallardo venceu por 3 a 1.

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