Jovens palmeirenses mostram maturidade e ganham protagonismo
são paulo Quando Cesar Sampaio levantou a taça de campeão da América para o Palmeiras em 1999, Patrick de Paula, Gabriel Menino e Danilo não eram nem nascidos.
Duas décadas depois, esses garotos são símbolos de um Palmeiras que busca sua segunda conquista na Copa Libertadores. Jovens protagonistas que sonham com a consagração no próximo dia 30, contra o Santos, no Maracanã.
Patrick de Paula, 21, talvez seja o jogador formado no clube com a história mais intrigante. Carioca, ele iniciou a carreira disputando torneios amadores. Foi em uma Taça das Favelas, no Rio de Janeiro, que o Palmeiras o observou e se interessou por sua contratação, realizada em 2017.
O jogador tinha 16 anos quando chegou ao clube. Para muitos, idade tardia para se iniciar a formação de um atleta, tanto no aspecto técnico como na questão tática. Mas Patrick mostrou facilidade para entender o jogo.
Essa maturidade tática pôde ser vista ao longo da temporada, como meia-esquerda ou como meio-campista mais avançado, atrás dos atacantes.
A polivalência também é uma característica de Gabriel Menino, 20. Considerado um dos mais talentoso de sua geração, sua qualidade técnica e a capacidade de exercer diferentes papéis fez com que Tite o convocasse para a seleção brasileira nas eliminatórias.
Meia de origem, já atuou à frente da defesa, como Patrick, mas também como meia pela direita e até na ponta.
Contra o River Plate (ARG), na semifinal da Libertadores, Menino exibiu seu repertório tático ao cumprir a função de articulador pelo quando o Palmeiras tinha a bola e de lateral quando o River atacava.
Danilo, 19, também foi titular nos dois jogos contra o River, substituindo o lesionado Felipe Melo como volante.
Ao mesmo tempo em que o jogo da ida representou uma demonstração da força de seus meninos, o susto na partida de volta também pode ter sido um sintoma da falta de experiência dos jogadores.
Quando chegou ao clube, em novembro, Abel Ferreira sabia que seu trabalho seria cobrado pela maturação dos jovens, mas também por resultados. Uma exigência que às vezes é incompatível.
Ainda há aspectos do jogo que esses garotos palmeirenses precisam desenvolver. No próximo dia 30, essa curva de aprendizado passará pela final da Libertadores.