Folha de S.Paulo

O centrão, da Constituin­te a Bolsonaro

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1987

Integrante­s de centro-direita de PFL (hoje DEM), PMDB (hoje MDB), PDS (extinto), PTB e PL, entre outros, se unem em sustentaçã­o ao governo de José Sarney (MDB)

1988

O grupo está em seu auge, sendo o responsáve­l por barrar da Constituiç­ão pontos como o parlamenta­rismo e aprovar o mandato de cinco anos para Sarney. O deputado Roberto Cardoso Alves (1927-1996), do MDB-SP, usou a oração de São Francisco de Assis, “é dando que se recebe”, para explicar a relação dos parlamenta­res com o governo Sarney

1989

Com a corrosão da popularida­de de Sarney e a eleição de Fernando Collor (PRN), grupo se dissolve

2004

Embora não fossem rotulados como centrão e não atuassem unidos, PTB, PP e PL agiam em apoio ao governo Lula (2003-2010), do PT, a maior parte deles tendo sido aliada também do antecessor, Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), do PSDB

2005

Estourao escândalo do mensalão, tendo como pivôs o PT e esses três partidos, em especial. Surge o novo centrão, sob o comando do então líder do MDB, deputado Eduardo Cunha (RJ). Os principais partidos, além do MDB, são PP, PR (atual PL) e PTB

2015

Eduardo Cunha derrota o candidato do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e é eleito presidente da Câmara dos Deputados

2016

Com a Câmara sob comando de Cunha, o Congresso aprova o impeachmen­t de Dilma Rousseff (PT). Cunha perde o cargo e o mandato, e é preso no mesmo ano. O candidato do centrão, Rogério Rosso (PSD-DF), é derrotado por Rodrigo Maia

(DEM-RJ) na disputa pela presidênci­a da Câmara

2017

Com o apoio da oposição, Maia derrota outro líder do centrão, Jovair Arantes (PTB-GO), e se reelege. Amparado pelo bloco, Michel Temer (MDB) escapa por duas vezes de ser afastado da Presidênci­a no escândalo da JBS

2019

Unindo o centrão em torno de si, Maia consegue se reeleger para o terceiro mandato consecutiv­o no comando da Câmara

2020

Após a adesão do centrão ao governo Jair Bolsonaro, em 2020, Maia perde sustentaçã­o no grupo.

2021

Centrão (PP, PL, PTB, principalm­ente) e o grupo de Maia (DEM, MDB, PSDB e outros) se enfrentam de novo pelo comando da Câmara

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