Mais uma covereadora do PSOL afirma ter sofrido atentado
são paulo A covereadora Samara Sosthenes, integrante do coletivo Quilombo Periférico, do PSOL, na Câmara de São Paulo, registrou um boletim de ocorrência no domingo (31) afirmando ter sido alvo de um atentado, no Jardim Herculano, zona sul da capital.
É a terceira parlamentar do PSOL a registrar queixa de atentados e ameaça na capital paulista em menos de uma semana. A Polícia Civil investiga ligação entre os casos.
Segundo o registro feito por Samara, um motociclista fez um disparo de arma de fogo para o alto em frente à casa dela. Ela estava na residência, mas não ouviu o barulho.
A parlamentar tomou conhecimento do suposto atentado por uma testemunha que teria presenciado a cena, mas não anotou a placa da moto ou as características do suspeito (que usava máscara e capacete). A testemunha não quis prestar depoimento.
No registro oficial, Samara disse acreditar que ato foi motivado por conta de sua atuação política e também um caso de transfobia.
Segundo a assessoria da parlamentar, a mãe de Samara também ouviu o disparo, mas ela estava em uma casa vizinha. Como o projétil não atingiu nenhum objeto ou pessoa, a perícia não foi acionada para ir até o local. A rua onde Samara mora não possui câmeras de segurança.
Em nota, o coletivo disse não se tratar de fato isolado já que outras vereadoras eleitas pelo PSOL sofreram atentados e ameaças.
“A começar pelo atentado à casa da covereadora Carolina Iara, da Bancada Feminista, e a invasão e ameaça ao gabinete da vereadora Erika Hilton”, diz a nota.
O atentado a que a nota se refere aconteceu na última quarta (27) quando desconhecidos deram dois tiros na parede da casa de Carolina.
“Considerando este histórico, a Mandata Coletiva Quilombo Periférico acompanhou a covereadora na delegacia situada na rua Brigadeiro Tobias, 527, onde foi registrado um boletim de ocorrência, pelos crimes de ameaça e transfobia e também cobra das autoridades de segurança pública investigação e providências”, afirma a nota.
De acordo com a polícia de São Paulo, o caso de Samara foi registrado como ameaça e disparo de arma de fogo pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa).
“A unidade também apura o dano e disparo de arma de fogo, registrado na quarta-feira (27), cometido contra outra covereadora. Já o crime de ameaça, cometido contra uma parlamentar na Câmara de Vereadores, na última semana, é investigado pelo 1º DP (Sé)”, diz.