Oxford protege de variante britânica, mostra estudo
Proteção contra a nova linhagem do coronavírus identificada no Reino Unido é de 74,6%, aponta pesquisa britânica
A vacina da Universidade de Oxford/AstraZeneca se mostrou eficaz para combater a variante do coronavírus identificada no Reino Unido (B.1.1.7), disse a instituição. A proteção contra a nova linhagem foi de 74,6% em pesquisa feita com britânicos.
SÃO PAULO A Covishield, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica AstraZeneca, se mostrou eficaz para combater a variante do vírus primeiramente identificada no Reino Unido (B.1.1.7), informou a instituição em um comunicado nesta sexta-feira (5).
O estudo com os dados preliminares foi publicado no formato pré-print, isto é, um artigo ainda não revisado por outros cientistas da área. Segundo os resultados, a eficácia do imunizante contra a variante dentro do estudo conduzido com voluntários britânicos foi de 74,6%, um pouco abaixo da proteção concedida pela vacina contra linhagens mais antigas do vírus (84%).
Os resultados foram obtidos da pesquisa clínica de fase 3 em andamento com a vacina no Reino Unido.
“Dados de nossos testes com a vacina no Reino Unido indicam que ela não apenas protege contra o vírus original causador da pandemia, mas também protege contra essa nova variante, que levou a um surto da doença no Reino Unido no fim de 2020”, afirmou Andrew Pollard, professor de infecção e imunidade pediátrica da Universidade de Oxford.
Para Sarah Gilbert, professora de vacinologia da instituição e também uma das cientistas-chefe no estudo, os pesquisadores já esperavam as mutações do novo coronavírus e trabalhavam com a possibilidade de desenvolver uma nova versão da vacina para dar conta das variantes.
Está é a terceira boa notícia relacionada à Covishield nesta semana. Na terça-feira (2), os pesquisadores anunciaram que a vacina é capaz de barrar a transmissão do vírus ao evitar até mesmo as infecções assintomáticas.
Segundo um artigo publicado no formato de pré-print, a Covishield reduziu a transmissão do vírus em 67% após a primeira dose da vacina. O trabalho é atualmente revisado para ser publicado na revista científica The Lancet.
No mesmo artigo, os pesquisadores mostraram que o intervalo entre as duas doses do imunizante pode ser ampliado para até 12 semanas sem prejuízo na eficácia contra a Covid-19.