Folha de S.Paulo

Aprenda a cuidar de lápis e canetinhas para que durem mais no seu estojo

- Marcella Franco Este texto é indicado para ser lido por responsáve­is e educadores com a criança

são paulo Seja pelo computador, ou pessoalmen­te na escola, as aulas já começaram para os alunos do Brasil inteiro. E, quando a gente é criança (e às vezes também quando a gente é adulto e ainda estuda), uma das sensações mais gostosas nessa época é arrumar o estojo com os materiais que serão usados naquele ano.

Lápis grafite, caneta, canetinha, lápis de cor, borracha e apontador. Ufa. Tanta coisa assim misturada pode ser incrível, mas é importante saber cuidar de cada uma delas, para que tudo dure mais tempo.

Muitas vezes os lápis não acabam em um ano só, e podem ser aproveitad­os de uma série para a outra. Basta apenas apontá-los, para que eles fiquem com cara de novos. E, para conseguir aquela ponta fininha, igual à dos lápis quando vêm da loja, existem alguns truques importante­s.

Na embalagem dos apontadore­s, por exemplo, costuma vir escrito se aquela lâmina é para apontar lápis de cor ou lápis grafite, ensina Alessandra Valentim, analista de marketing da Staedtler, marca que fabrica produtos de papelaria.

“Lâminas que já perderam o fio de corte não vão produzir uma ponta fininha, e podem, inclusive, quebrar a mina do lápis”, completa Flavia Giordano, chefe de marketing da Faber-Castell.

A mina de que a Flavia fala é o “recheio” do lápis, aquela parte que surge quando ele é apontado. No caso do lápis de escrever, a mina é feita de grafite e argila. Quanto mais argila, mais dura é a ponta do lápis no papel. Quanto mais grafite, mais macia fica a ponta, e mais escura a sua cor.

No caso dos lápis de cor, ainda são adicionado­s à mina algumas porções de cera, goma e pigmentos coloridos.

E sabe quando você está caprichand­o no desenho, escolhe uma cor para pintar, e a canetinha não funciona mais? Todo mundo já teve canetinhas que, com o tempo, foram perdendo a cor, e isso acontece normalment­e porque elas ficaram sem tampa.

Além de cuidar disso, Alessandra Valentim, da Staedler, diz que também é legal manter as canetas hidrocor —este é o nome oficial delas— na horizontal, ou seja, deitadas dentro do estojo e não em porta-lápis na mesa, por exemplo.

Mas, se elas já secaram, dá para tentar recuperá-las, molhando as pontinhas com um pouco de água.

Tente também não apertar as canetinhas contra o papel na hora de pintar. Mesmo produtos de boa qualidade, que têm alta resistênci­a à força, podem estragar se usados dessa maneira.

Nas lojas, é possível também encontrar canetinhas com amortecime­nto, para quem não consegue ficar sem afundar as pontinhas.

Uma curiosidad­e: sabe para que servem as letrinhas que vêm escritas no “bumbum” do lápis? O H significa que o lápis é duro, e marca lápis mais secos. Os mais macios têm letra B. “O grau mais comum de dureza é o HB”, explica Flavia Giordano, da Faber-Castell.

E os lápis podem ser redondos, triangular­es ou hexagonais —este último formato foi inventado para impedir que eles rolem da mesa, para longe do dono.

Flavia também dá dicas de como manter limpos os apontadore­s com reservatór­io de plástico. “Eles podem ser higienizad­os com água e detergente sempre que necessário. Já a lâmina não deve ser molhada nunca, para não compromete­r a qualidade por possível oxidação”, afirma.

Manter o reservatór­io sempre vazio e higienizad­o evita também acidentes, como quando os restinhos de ponta escapam dele e se espalham para dentro do estojo. Em situações assim, quem mais costuma sofrer são as borrachas.

Se ela for feita de um material sintético, o ideal é apenas esfregá-la com tecido, e ver se é possível recuperar a cor original. Mas, no caso de borrachas feitas de resina natural, que costumam ser impermeáve­is, já é possível colocá-las debaixo da torneira.

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Divulgação Canetas hidrocor devem ser guardadas na horizontal

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