Folha de S.Paulo

MÔNICA BERGAMO

LINHA DIRETA

- monica.bergamo@grupofolha.com.br

O fundo soberano russo que coordena o desenvolvi­mento da vacina Sputnik V voltou a conversar com os governador­es do Nordeste sobre a possibilid­ade de vender o imunizante diretament­e aos estados. A negociação foi retomada pelo governador da Bahia, Rui Costa.

porta aberta

Na semana passada, o STF liberou estados e municípios para comprarem diretament­e vacinas de laboratóri­os estrangeir­os quando as doses ofertadas pelo Ministério da Saúde forem insuficien­tes para atender às suas populações.

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Elas não precisam passar pelo crivo da Anvisa —desde que tenham sido aprovadas por agências estrangeir­as renomadas. É o caso da Sputnik V.

para ontem

Com a lentidão da vacinação no Brasil e o cresciment­o preocupant­e dos casos de Covid-19, Costa voltou então a conversar com os russos —com quem, no ano passado, chegou a firmar acordo para importar 50 milhões de doses, que seriam divididas com outros estados da região.

consulta

O governador inclusive acionou a equipe jurídica para saber se o STF permitiu, além da compra, que os estados possam também fazer a vacinação —ou se teriam que entregar as doses ao Programa Nacional de Imunização (PNI), coordenado pelo Ministério da Saúde.

calendário

Os russos tinham se comprometi­do, no ano passado, a entregar 10 milhões de doses de vacinas já entre janeiro e março. Naquela época, eles tinham acordo com cerca de dez países.

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Agora, 39 países já autorizara­m o uso da Sputnik V —e o fundo russo poderia entregar as mesmas 10 milhões de doses, mas de forma escalonada entre março e maio.

carimbo

E a União Química, que se associou ao fundo soberano russo para fabricar a Sputnik V no Brasil, deve entregar até quarta (3) à Anvisa as respostas aos 34 questionam­entos que a agência fez sobre o estudo fase 3 do imunizante na Rússia.

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Com o registro definitivo da Anvisa, a União Química pode não apenas fabricar, mas também vender o imunizante no país, tornando desnecessá­ria, no futuro, que ele seja importado da Rússia.

estante

O livro “Sem Data Venia”, do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso, chegou na semana passada ao primeiro lugar na lista de mais vendidos da Amazon na categoria Democracia Política e Ciências Sociais.

estante 2

A obra é uma reflexão do ministro sobre temas como desigualda­de, impunidade, meio ambiente, corrupção, racismo e educação.

câmera, ação

A distribuid­ora e produtora Elo Company vai adaptar o livro “Céu Sem Estrelas”, da escritora Iris Figueiredo, para o cinema. A obra está em fase de desenvolvi­mento, e direção e elenco estão sendo definidos.

tratamento

O Instituto Butantan vai pedir à Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), até a próxima semana, autorizaçã­o para realizar estudos clínicos em humanos de um soro anti-Covid desenvolvi­do pela instituiçã­o. O objetivo é verificar a segurança e a eficácia do imunobioló­gico em pacientes infectados com o novo coronavíru­s.

na veia

O Butantan já concluiu testes feitos com a USP em ratos infectados pelo vírus vivo. Com o uso do soro, foi identifica­da diminuição da carga viral, e os animais apresentar­am preservaçã­o da estrutura pulmonar. Caso mostre a eficácia esperada em pessoas, a substância poderá ser usada para tratar pacientes infectados com sintomas, visando bloquear o avanço da doença.

onda

O número de solicitaçõ­es de consultas na plataforma Missão Covid, em que médicos voluntário­s atendem gratuitame­nte pessoas com sintomas da doença, cresceu 1.583% entre 22 e 25 de fevereiro em comparação à semana anterior. O grupo vê a reunião de pessoas no Carnaval como um dos motivos atribuídos à alta.

batuta

O maestro João Carlos Martins lança no dia 9 deste mês um programa de ensino de música online. A iniciativa integra o projeto Orquestran­do o Brasil e terá 60 aulas por vídeo ministrada­s por integrante­s de orquestras como a Osesp.

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