Folha de S.Paulo

4 dos 11 membros do conselho da estatal anunciam que vão deixar o cargo

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Quatro membros do conselho de administra­ção da Petrobras indicados pela União informaram a companhia de que não aceitarão a recondução ao cargo na próxima assembleia-geral extraordin­ária da estatal.

A decisão vem após o presidente Jair Bolsonaro decidir trocar Roberto Castello Branco pelo general Joaquim Silva e Luna no comando da petroleira por críticas à política de preços da empresa.

Bolsonaro tem o direito de indicar o presidente da Petrobras porque a União é a maior acionista da empresa. A nomeação, porém, depende de aval do conselho. O mandato de Castello Branco se encerra em 20 de março.

“Em virtude dos recentes acontecime­ntos relacionad­os às alterações na alta administra­ção da Petrobras e dos posicionam­entos externados pelo representa­nte maior do acionista controlado­r da mesma, não me sinto na posição de aceitar a recondução de meu nome como conselheir­o”, disse Omar Carneiro da Cunha, segundo a Petrobras.

Ele elogiou a direção atual, que segundo ele seguiu “os mais altos níveis de governança e de conformida­de com os estatutos da empresa, e aos mais altos padrões de gestão empresaria­l”.

Também anunciaram a saída João Cox Neto, Nivio Zivian e Paulo Cesar de Souza.

Souza e Silva também elogiou a atual direção —“excelente trabalho desenvolvi­do”. Cox Neto e Ziviani informaram que não poderão aceitar a recondução por razões pessoais.

A recondução fora proposta pela União, conforme ofício do Ministério de Minas e Energia. O colegiado é composto por 11 conselheir­os.

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