Folha de S.Paulo

Justiça concede a expresiden­te do Barcelona liberdade provisória

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são paulo Preso na última segunda (1º), o ex-presidente do Barcelona, Josep Maria Bartomeu, teve liberdade provisória concedida pela Justiça da Catalunha nesta terça (2).

O ex-mandatário, assim como outros dirigentes do clube catalão, foi detido em uma operação para investigar o escândalo apelidado de Barçagate, que envolve corrupção, lavagem de dinheiro e má administra­ção.

“Os dois investigad­os que hoje [terça] foram ao tribunal fizeram valer o direito de não testemunha­r, e o magistrado concordou com a liberdade provisória”, informou o Tribunal Superior de Justiça da Catalunha sobre Bartomeu e Jaume Masferrer, seu ex-assessor presidenci­al. Eles passaram a noite em uma delegacia.

A dupla será informada sobre os detalhes do processo e depois irá testemunha­r. Ainda não há data para isso acontecer.

A agência de notícias AFP conversou com uma fonte próxima ao caso que confirmou também a liberdade provisória do CEO do clube, OscarGrau,edorespons­ável por assuntos jurídicos, Román Gómez Ponti, presos na operação policial de segunda, nos escritório­s do Camp Nou.

A polícia investiga se Bartomeu contratou uma empresa privada, a 13 Ventures, para montar uma rede de robôs nas redes sociais para atacar adversário­s políticos, atletas do elenco atual (como Messi e Piqué) e ex-jogadores (como Puyol e Guardiola, que também foi técnico da equipe catalã).

Bartomeu renunciou ao cargo em outubro de 2020, logo depois de a polícia divulgar a existência de evidências de corrupção no caso e também de ser duramente criticado por Messi. O dirigente também é alvo de um processo interno no clube movido por mais de 20 mil sócios.

A prisão aconteceu a uma semana da eleição presidenci­al na agremiação da Catalunha, que irá definir a diretoria sucessora da gestão de Bartomeu. Segundo o jornal AS, no processo, o clube não aparece como investigad­o, mas “prejudicad­o”.

A contrataçã­o da 13 Ventures, no início do ano passado, está sob suspeita também pelos valores envolvidos no negócio, considerad­o inflaciona­do (1 milhão de euros, atualmente R$ 6,6 milhões).

Além disso, o então presidente teria dividido o pagamento em cinco parcelas de 200 mil euros, e colocado cada uma no orçamento de um setor diferente do clube, para assim não precisar da aprovação do conselho para efetivar o negócio.

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