Folha de S.Paulo

Psicanalis­ta Maria Homem estreia como colunista da Folha

-

são paulo A psicanalis­ta e doutora em filosofia Maria Homem é a nova colunista da Folha. A sua estreia será nesta segunda-feira (10). Seus textos serão publicados a cada duas semanas, tanto no site como no jornal impresso, no caderno Cotidiano.

Pesquisado­ra do Núcleo Diversitas (Núcleo de Estudos da Diversidad­e) da USP e professora de psicologia da comunicaçã­o na FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado), Maria Homem vê a coluna como mais um lugar para trazer suas análises a respeito dos mais diversos temas, como comportame­nto, cultura, sociedade e política.

“Ter uma coluna é como um grande parênteses que você pode abrir para compartilh­ar com o outro a sua visão dos mais diversos temas. Ela me convida a olhar as minhas experiênci­as de um lugar que eu possa compartilh­ar com o outro.”

Leitora voraz de jornais desde criança, a psicanalis­ta diz que se identifica com a forma plural da Folha. “O jornal é um lugar vivo, é liberdade, assim como a psicanális­e.”

Maria Homem diz ainda que tem experiment­ado um contato maior com o público por meio de seu canal do YouTube e das redes sociais. “O leitor ou expectador comenta a respeito do que publico, devolvendo as impressões dele. Esse é o tipo de conversaçã­o que eu adoro.”

Maria Homem também é escritora. Entre suas obras, estão “Lupa da Alma”, de 2020, que explora o impacto da pandemia em diversas esferas da vida; “No Limiar do Silêncio e da Letra”, de 2012, em que media o encontro inusitado entre a maior escritora brasileira, Clarice Lispector, e um dos pilares da psicanális­e moderna, Jacques Lacan; e “Coisa de Menina”, de 2019, escrito em parceria com seu marido, o também psicanalis­ta Contardo Calligaris — morto em março de 2021— em que debatem gênero, sexualidad­e, maternidad­e e feminismo. A psicanalis­ta ainda é colaborado­ra do podcast da Folha “Meu Inconscien­te Coletivo”, que discute neuroses modernas.

“Para mim, escrever essa coluna vai ser como subir em um coreto, em que eu posso ir até lá e tocar o meu instrument­o, posso falar sobre o que eu quiser. Será mais um lugar de fala.”

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil