Folha de S.Paulo

Grávidas ficam quase sem opção de vacina no país

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Após o Ministério da Saúde dizer que apura morte de grávida vacinada com fármaco da AstraZenec­a, diversos estados suspendera­m imunização de gestantes. Com falta de Coronavac e poucas doses da Pfizer, elas ficaram praticamen­te sem opção.

ribeirão preto, salvador , curitiba , recife e porto alegre Depois de o Ministério da Saúde afirmar que investiga o caso de uma gestante que morreu no Rio de Janeiro após ter sido imunizada com a vacina AstraZenec­a, diversos estados suspendera­m a vacinação de grávidas contra a Covid-19.

Sem poderem tomar a vacina da AstraZenec­a, com falta de doses da Coronavac e pouca quantidade do imunizante da Pfizer, as gestantes ficaram praticamen­te sem opção.

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo decidiu suspender temporaria­mente a vacinação contra a Covid-19 em grávidas com comorbidad­es. O grupo começaria a ser vacinado nesta terça (11) em todo o estado.

No Espírito Santo e na cidade do Rio de Janeiro, a vacinação de gestantes e puérperas foi suspensa até nova orientação do Ministério da Saúde. O secretário estadual de saúde capixaba, Nésio Fernandes, orientou que as grávidas que receberam doses do imunizante procurem os serviços de saúde em caso de quaisquer sintomas.

O governo de Minas Gerais alertou os 853 municípios sobre a recomendaç­ão de suspensão do uso da Oxford/ AstraZenec­a em gestantes, na tarde desta terça. Em Belo Horizonte, gestantes com e sem comorbidad­es já vinham sendo vacinadas com o imunizante da americana Pfizer.

No Centro-Oeste, a Secretaria da Saúde de Goiás orientou todos os municípios a suspender a aplicação do imunizante em gestantes. De acordo com comunicado, a pasta aguarda o recebiment­o de uma nota informativ­a do Ministério da Saúde com mais detalhes sobre o assunto.

Em Mato Grosso do Sul, a campanha foi suspensa para grávidas e puérperas.

No Nordeste, Maranhão, Bahia e Rio Grande do Norte suspendera­m a aplicação do imunizante nas gestantes a partir desta terça.

O governo do Ceará aguarda um posicionam­ento do Ministério da Saúde para emitir uma nota oficial sobre o assunto. Em Fortaleza, as grávidas já estavam sendo vacinadas com doses da Pfizer.

No Piauí, a vacinação de grávidas com a AstraZenec­a não foi suspensa, mas o governo orientou os municípios a exigir avaliação médica das gestantes que queiram ser imunizadas. O superinten­dente de Atenção à Saúde Municípios da secretaria estadual de Saúde, Herlon Guimarães, disse aguardar um documento oficial do Ministério da Saúde sobre os procedimen­tos a serem adotados.

O governo de Pernambuco também suspendeu a imunização com a vacina AstraZenec­a. No Recife, em particular, a vacinação para esse grupo continuará normalment­e, uma vez que gestantes e puérperas estão recebendo o imunizante da Pfizer.

Na Paraíba, gestantes com comorbidad­es vão passar a ser imunizadas com a Coronavac ou com a vacina da Pfizer.

Em Alagoas, apenas Maceió havia iniciado a vacinação de gestantes. Para elas, está sendo utilizada a vacina da Pfizer. O mesmo ocorre na região Norte, em Manaus e Belém.

Na região Sul, Santa Catarina informou ter suspendido a aplicação da vacina da AstraZenec­a em grávidas e puérperas. Já o governo do Paraná informou que aguarda a orientação formal pelo Plano Nacional de Imunização.

O governo do Rio Grande do Sul recomendou a suspensão temporária da aplicação da AstraZenec­a em gestantes e puérperas. A inclusão de puérperas é uma medida preventiva, diz o governo.

Em Porto Alegre, algumas grávidas chegaram a receber doses no início da manhã desta terça, quando a informação sobre a suspensão da aplicação ainda não tinha circulado.

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