Veja como provar comorbidades para se vacinar
São Paulo inicia hoje a vacinação de pessoas com comorbidades entre 55 e 59 anos. O governo estadual estima que 900 mil pessoas estejam nesse grupo. A pessoa deve levar um exame, laudo médico, receitas ou prescrição de remédios, com emissão de até dois anos.
são paulo | agora A partir desta quarta-feira (12) terá início a vacinação contra a Covid-19 de pessoas com comorbidades com idades entre 55 anos e 59 anos. A estimativa do governo estadual é a de que 900 mil pessoas desse grupo sejam imunizadas.
Esse contingente integra os novos grupos que começaram a ser vacinados desde a última segunda-feira (10), quando teve início a distribuição de doses para pessoas com síndrome de Down, pacientes em terapia renal substitutiva e transplantados com idades entre 18 anos e 59 anos.
Para poder tomar a vacina, a pessoa com deficiência permanente ou com comorbidades deve comprovar seu estado de saúde. No caso das pessoas com deficiência, estão sendo atendidas aquelas beneficiárias do BCP (Benefício de Prestação Continuada), do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social). Além do comprovante do BCP, a pessoa também deve comprovar seu estado de saúde por meio de algum documento simples, mesmo que seja mostrando o Bilhete Único Especial.
No caso das comorbidades, a pessoa deve levar um exame, laudo médico, receitas ou ainda prescrição de medicamentos desde que eles tenham o CRM do médico e tenham sido emitidos há menos de dois anos.
Segundo explica Sandra Sabino Fonseca, secretária-executiva de Atenção Básica, Especialidades e Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, não será necessário levar cópia dos documentos e nem entregá-los aos atendentes. Basta apresentá-los no momento em que for fazer o cadastro para tomar a dose da vacina.
O objetivo, segundo ela, é facilitar o processo, com documentações que o paciente já possui. “A pessoa não precisa ir ao médico para obter comprovante algum”, afirmou.
Fonseca explica que o prazo máximo de expedição de dois anos de receitas e exames é muito superior à média de intervalo de acompanhamento médico de pessoas com comorbidades, que costuma ser de seis meses. Essa também é uma forma de saber se a pessoa tem vínculo com a unidade de saúde.
Segundo a secretária-executiva, em geral, os pacientes com comorbidades já são atendidos nas UBSs e muitos deles são cadastrados e atendidos pelas equipes do Programa de Saúde da Família.
Nesta terça-feira (11), o balconista Antonio Carlos Alves Amorim, 48, transplantado do rim, foi até a UBS Vila Santana, na Vila Norma (zona leste), em busca da vacina. Ele afirma que apresentou a carteirinha emitida pelo HC (Hospital das Clínicas) dada para identificar imunossupressores a uma atendente da unidade, mas teve a vacina recusada.
Fonseca admitiu que houve falha no atendimento e afirmou que orientou a unidade de saúde para que o problema não se repita.
A secretária-executiva ressaltou que as pessoas com comorbidades não devem ter receio de tomar as vacinas. “Todas as vacinas são eficazes e a comunidade médica tem acompanhado os efeitos adversos”, afirmou.
Ela também reforçou para que as pessoas que ainda não tomaram a segunda dose procurem a unidade de saúde. A secretaria tem feito busca ativa, por meio de contatos com aqueles que não compareceram para a imunização.