Suspeita de matar menino de 3 anos, mãe é indiciada
A mãe de Gael, 3, morto após ser encontrado inconsciente no apartamento da família em São Paulo, foi indiciada sob suspeita de homicídio qualificado, por meio cruel. Segundo seu advogado, Andréia Oliveira teve um “surto psicótico” e não se lembra se agrediu o filho.
são paulo | agora A mãe do menino Gael, de 3 anos, morto após ser encontrado inconsciente, foi indiciada sob suspeita de homicídio qualificado, por meio cruel, na madrugada desta terça-feira (11), pela Polícia Civil. O crime ocorreu na manhã do dia anterior no apartamento em que a família morava, na Bela Vista, região central de São Paulo.
A mulher, encaminhada ao Hospital do Mandaqui após ser encontrada no chuveiro de casa, se negou a comentar o caso à polícia na presença de um advogado.
O defensor Fabio Costa assumiu o caso pela manhã e afirmou ao Agora, no início da tarde, que Andréia Freitas de Oliveira teve “um surto psicótico” e que não se lembra de detalhes do que aconteceu no apartamento.
Após indiciar Andréia, a delegada Camilla Safe Maier Hage, da 1ª Delegacia de Defesa da Mulher, solicitou à Justiça sua prisão preventiva. O TJSP converteu a prisão em flagrante em preventiva ainda na tarde desta terça.
Segundo registrado pela Delegacia, o garoto foi levado já sem vida à Santa Casa. Socorristas tentaram reanimar o menino por mais de meia hora. O corpo da criança apresentava marcas de agressões, segundo a polícia.
Fotos e vídeos feitos pelo IML e encaminhados à polícia indicam marcas de agressão na região da testa do menino, compatíveis com o formato de um anel da mãe.
“Saliente-se que os elementos de prova colhidos no local e no cadáver chamam a atenção pelo fato de indicarem possíveis maus tratos pelos quais a criança poderia vir sofrendo”, diz trecho do boletim de ocorrência.
Após a criança ser levada ao hospital, Andréia se trancou no banheiro, onde teria ingerido produtos de limpeza, conforme a Polícia Civil. Por isso, antes de ser presa, ela foi levada ao pronto-socorro.
Gael passou seu último fim de semana na companhia do pai, um motorista de 35 anos, separado da mãe desde que a criança tinha seis meses. Em seu depoimento, o motorista afirmou que a suspeita “sempre pareceu ser uma mãe preocupada”, mas que há cerca de um mês, o comportamento da mulher teria mudado.
O defensor de Andréia disse que ela estava em choque e chorou ao ser informada por ele sobre a morte de Gael. Segundo o advogado, Andréia não assume a autoria do crime, e ele solicitou segredo de Justiça para o caso. Também afirmou que iria pedir um exame de sanidade mental.
Andréia foi transferida da carceragem do 89º DP para o CDP de Franco da Rocha na tarde desta terça.