Frigideira
A indústria de carnes suína e de frango prevê uma redução na quantidade de produtos nas prateleiras dos supermercados e um novo patamar de preços, mais alto. O setor afasta o risco de faltar mercadoria, mas diz que a oferta vai cair porque o aumento dos custos em toda a cadeia, desde a ração até o transporte e a embalagem, tem desestimulado a produção. “Esticou a corda de tal jeito que ela pode quebrar”, diz Ricardo Santin, presidente da ABPA (associação do setor).
PENA
Segundo Santin, as empresas começam a se adequar com medidas como o abate de matrizes mais velhas e menos produtivas. Com o milho caro, não vale a pena mantê-las. “Para desmanchar essa engrenagem, demora um pouco, mas as empresas começam a ter de agir, e isso vai gerar menos oferta no mercado”, afirma.
ASA
Não são casos pontuais nem um movimento organizado, mas uma combinação dos efeitos da pressão nos custos e nos preços ao cliente final, segundo ele. “Quando o preço fica muito alto e o consumidor reduz a compra, a empresa começa a diminuir oferta”, diz.
FREEZER
As grandes empresas exportadoras conseguem se equilibrar, apesar do aumento de custos, mas a maioria não tem esse perfil, afirma Santim. O setor mandou um comunicado direto a Bolsonaro descrevendo a situação e pedindo medidas de alívio.
PRATO
A pressão vale para outros segmentos da indústria alimentícia. Segundo pesquisa que a Abia, associação do setor, divulga nesta quarta (12), os preços dos materiais para embalagens seguem crescentes, como a folha de flandres, que acumula alta superior a 60% nos últimos seis meses.
INGREDIENTE
A Abia também reclama do preço do óleo de palma, usado em chocolates, biscoitos e margarinas. Diz que a produção nacional é insuficiente para atender o consumo e estima que, depois de junho, quando termina a safra do vegetal, pode piorar.
BAILE
Um grupo de donos de bares e casas noturnas de Curitiba quer organizar um evento para idosos que já tomaram as duas doses da vacina da Covid. Fabio Aguayo, presidente da Abrabar, entidade que representa o setor, afirma que vai pedir autorização para o governo do Paraná e para a Prefeitura de Curitiba.
RG
Para entrar no evento, seria obrigatório apresentar o certificado de imunização. E o local seria um clube na capital paranaense. Aguayo diz que quer expandir a ação para outros vacinados, como policiais e profissionais da saúde.
BULA
O Senado deve votar nesta quinta (13) o projeto de lei que pretende vetar o reajuste dos preços dos remédios até o fim de 2021. A medida é uma queda de braço com os fabricantes. Segundo a indústria, um congelamento no momento de alta no custo dos insumos e do dólar prejudicaria o setor, podendo provocar até a falta de produtos no mercado.
DOSE
O aumento anual autorizado pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos) em março foi de 4,88%. O senador Lasier Martins (Podemos-RS), autor do projeto, argumenta que o setor farmacêutico não sofreu restrições na pandemia.
SINAL FECHADO
Houve tentativas de colocar a suspensão do reajuste dos planos de saúde de carona no projeto. Mas o relator, Eduardo Braga (MDB-AM), rejeitou quatro emendas. Segundo ele, o tema é complexo e deve ser discutido de forma exclusiva. “A questão dos planos de saúde envolve um debate ainda mais difícil e demorado, até pela força das operadoras do setor”, diz Braga.
REDE
A Anatel fechou nesta terça (11) uma parceria com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) para criar uma plataforma que mapeia a conectividade no Brasil. Chamado de C2DB (Crowdsourcing for Digital Connectivity in Brazil), o projeto quer identificar a demanda não atendida pelos serviços de banda larga fixa e móvel no país e analisar a viabilidade de conectá-la.
MICROSCÓPIO
A CNI pressiona o governo para que reavalie o Orçamento e libere os recursos previstos para o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, vetados por Bolsonaro em abril. Segundo a entidade, dos R$ 5,5 bilhões que deveriam ser destinados ao financiamento neste ano, R$ 5,1 bilhões estão bloqueados —o maior contingenciamento já feito.
CAIXA azul
A joalheria Tiffany lançou sua primeira coleção de alianças de noivado para homens. Segundo a empresa, os anéis seguem o legado de inclusão da Tiffany e abrem caminho para novas tradições.