Folha de S.Paulo

Lucro da Caixa sobe 50,3% e vaia a R$ 4,6 bi no trimestre

- Larissa Garcia

Banco atribui resultado a corte em despesa e a operações com empresas menores

brasília A Caixa Econômica Federal teve lucro líquido de R$ 4,6 bilhões no primeiro trimestre deste ano, cresciment­o de 50,3% em relação ao mesmo período de 2020, informou a instituiçã­o nesta quarta-feira (12).

O presidente do banco, Pedro Guimarães, afirmou que o lucro do banco se deu por uma série de fatores, especialme­nte pela redução de despesas e aumento de operações de crédito com empresas menores.

“A redução de despesas é fundamenta­l a longo prazo. Além disso, o fato de termos saído das grandes empresas para focar pequenas e médias pulveriza o risco. As operações com as maiores têm spread [diferença entre custo de captação e o que é cobrado no empréstimo] pequeno. Quando uma tem problema, o resultado no balanço é significat­ivo”, afirmou o executivo.

“Em de ter R$ 30 bilhões para duas empresas, preferimos ter o mesmo valor emprestado para 300 mil. A consequênc­ia é um spread maior e uma perda histórica maior. Não operamos mais com grandes empresas, o foco está nas menores. Além disso, as operações de cartões e seguros estão maiores”, pontuou.

No trimestre, a Caixa entregou 44 imóveis alugados, com economia de R$ 119 milhões.

Além disso, houve redução com despesa de pessoal de 17,1% em relação ao trimestre anterior em decorrênci­a do programa de demissão incentivad­a promovido pela instituiçã­o.

Em 12 meses, no entanto, houve alta de 3,5% nesses gastos.

A margem financeira, que éa principal fonte de receitado banco, obtida com operações de crédito, aumentou 6,8% na mesma base de comparação, para R$ 11 bilhões.

O cresciment­o se deve, segundo o relatório da instituiçã­o, principalm­ente, ao aumento de 0,8% nas receitas com operações de crédito, às reduções de 43% nas despesas de recursos de clientes e de 51,6% nas despesas de recursos de emissões de títulos e valores mobiliário­s.

A inadimplên­cia entre clientes do banco ficou em 2,04%, redução de 1,1 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre do ano passado.

Segundo Guimarães, com as prorrogaçõ­es de parcelas feitas no ano passado em razão da pandemia, a inadimplên­cia caiu ao menor nível, mas o índice deve subir ao longo desse ano, voltando aos patamares anteriores à crise.

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